O arroz que será comprado pelo governo federal num leilão nesta quinta-feira (6), e alvo de críticas por parte de bolsonaristas, já tem rótulo e preço definidos. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta quarta (5) como será a embalagem do cereal adquirido no mercado internacional por determinação do presidente Lula (PT), para que nenhum brasileiro fique sem o alimento básico e para que os preços não disparem, visto que o Rio Grande do Sul é o maior produtor dele e foi recentemente atingido por uma gigantesca catástrofe climática.
As 300 mil toneladas de arroz importadas serão vendidas em pacotes de 5kg, como as marcas comerciais, e terão valor tabelado: R$ 20, ou seja, R$ 4 o quilo. No saco plástico haverá os símbolos da Conab, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, do Ministério da Agricultura e Pecuária e do governo federal, além da especificação técnica “Arroz Beneficiado, Polido, Longo fino, Tipo 1”.
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Produtores de arroz brasileiros estão atacando ferozmente a medida do governo Lula. Eles chamam a compra de “intervencionismo” e a classificam como “um desestímulo à produção nacional”, e recorreram até mesmo à Justiça para impedir a compra do produto pela União. Vale lembrar que, assim que as chuvas começaram no Rio Grande do Sul, antes mesmo de qualquer informação sobre a situação da safra, esses ruralistas já anunciaram aumentos exorbitantes na tonelada do cereal.
Mesmo com a produção nacional garantida e suficiente, o governo federal resolver comprar a mercadoria no mercado internacional para evitar essas disparadas inflacionárias “inexplicáveis”. O Planalto salienta que a medida não é para competir com o arroz brasileiro, mas sim para assegurar que todos os cidadãos terão acesso a esse alimento fundamental.