Dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta terça-feira (21) mostram mais um "efeito Lula" na economia brasileira: a população, pelo segundo mês consecutivo, está mais propensa às compras e mais otimista com relação ao crédito.
Segundo a CNC, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculado mensalmente, avançou 1,3% em maio com relação a abril, descontados os efeitos sazonais.
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Em comparação a maio de 2023, o aumento foi de 6,4%. A entidade chama atenção, ainda, para o fato de que a intenção de consumo das famílias brasileiras está em 102,9 pontos, isto é, na zona de satisfação - status que vem sendo mantido desde agosto de 2023.
A satisfação dos consumidores com o acesso ao crédito também cresceu: 2,2% no mês em maio, aumento que foi impulsionado pelas quedas consecutivas da taxa Selic. 31,4% dos entrevistados consideraram mais fácil o acesso ao crédito, o maior percentual desde abril de 2020.
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De acordo com a CNC, o índice de intenção de consumo cresceu em todas as faixas de renda analisadas, mas principalmente entre as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos (alta de 1,4%). Entre as famílias com renda acima de 10 salários mínimos, o aumento foi de 0,7%.
“A melhora do crédito é percebida por todos os consumidores, mas as famílias com renda menor estão conseguindo se beneficiar mais das melhores condições de pagamento”, afirmou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Um dos motivos para essa melhora, segundo Tadros, é a redução da inadimplência entre os mais pobres, melhorando a reputação dos consumidores nas instituições financeiras que concedem crédito.
Mais emprego
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, explica, por sua vez, que a intenção de consumo vem sendo influenciada positivamente também pelo mercado de trabalho, que avançou 1,6% no primeiro trimestre do ano, acima do crescimento de 1,2% no emprego formal no mesmo período de 2023 (Caged). Desta maneira, o subindicador que mede a satisfação com o emprego avançou pelo segundo mês seguido - uma alta de 1,2%.
Segundo Tavares, com mercado de trabalho aquecido e acesso ao crédito mais fácil, as famílias avaliaram positivamente o nível de consumo atual, que foi o segundo subindicador que mais subiu em maio (alta de 1,5%).
Confira o estudo completo aqui.