Após a autorização de importação de arroz pelo governo Lula, a tendência é que os preços de arroz caiam de maneira histórica nas próximas semanas.
O preço do pacote de cinco quilos, essencial para a maioria das famílias brasileiras, deve cair de R$ 29 para R$ 20, uma redução de quase 30%. A informação é do O Globo.
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A ideia é aumentar a quantidade de arroz no mercado para reduzir possíveis impactos de um desabastecimento pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Os técnicos do governo afirmam que o governo deve conceder subsídio para garantir também que os comerciantes consigam manter o preço baixo com lucro.
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Primeiro o Brasil comprará arroz do Mercosul, em especial o Paraguai, mas novos mercados como Tailândia e Vietnã também devem ser abertos, até a marca de 100 mil toneladas de arroz.
A importação será feita via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Por que o governo vai importar arroz?
O governo Lula fará importação de arroz para recompor os estoques públicos após enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o principal produtor do grão no país.
“A quantidade e o momento da aquisição serão cuidadosamente planejados para não prejudicar os produtores nacionais. Nosso foco é abastecer as regiões que dependem do arroz importado, garantindo o acesso ao produto para todos os consumidores”, explicou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Edegar Pretto.
Essa medida visa evitar o desabastecimento e controlar a inflação. Os agricultores riograndenses não gostaram da medida, que barateia o preço do arroz nacional e reduz as margens de lucro da produção do cereal.
Porém, o governo quer evitar a especulação e deve manter o preço do produto compatível com o salário do povo brasileiro, além de formar estoques do alimento.
“A importação de arroz não tem a intenção de competir com os produtores locais para baixar os preços e prejudicar sua situação financeira. Nosso objetivo é evitar o desabastecimento e a especulação financeira durante esse momento de crise”, explicou Carlos Fávaro, ministro da Agricultura.
Estoques zerados de arroz
Durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) não comprou alimentos básicos para alimentação e manutenção de estoques no Brasil.
A manutenção de estoques seria essencial para manter o preço e evitar a inflação de produtos como arroz, feijão, café, mandioca e trigo.
O desmonte das compras públicas começou durante o governo do presidente Michel Temer (MDB), que paralisou as compras públicas. A gestão de Jair Bolsonaro também não comprou alimentos e desativou armazéns da Conab.
Em entrevista a Fórum, o ministro do Desenvolvimento Agrário Paulo Teixeira afirmou, no ano passado, que recuperar a Conab e garantir maior segurança alimentar à população brasileira era uma das principais missões do governo.