O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra uma desaceleração no preço dos alimentos, que resultou numa inflação de 0,16% em março, abaixo dos 0,25% projetados pelo sistema financeiro.
A inflação de 0,16% é a menor para o mês de março desde 2020. No ano, a inflação está em 1,42% e no acumulado dos últimos 12 meses de 3,93% - abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
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O índica ainda revela que a política econômica está funcionando em um dos principais desafios do governo Lula: o preço dos alimentos nos supermercados.
O grupo de alimentos e bebidas teve leve alta de 0,53%, mas a alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março.
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O IBGE ainda detectou como "vilões" as altas nos preços da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).
A alimentação fora de casa teve alta ainda menor, de 0,35% e também desacelerou em relação ao mês anterior, quando o índice marcou 0,49%.
No grupo de transportes foi registrado uma deflação de 0,33% com a queda de 9,14% das passagens aéreas, gás veicular (-2,21%) e diesel (-0,73%).
No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,43%), o resultado foi influenciado pelas altas do plano de saúde (0,77%) e dos produtos farmacêuticos (0,52%).
Em Habitação (0,19%), a energia elétrica teve alta de 0,12%. Na taxa de água e esgoto houve aumento de 0,04%.
Nos índices regionais, somente Porto Alegre (-0,13%) registrou recuo de preços, por conta da queda nos preços da batata-inglesa (-18,42%) e da gasolina (-2,41%). Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,81%), influenciada pela alta do tomate (23,51%).