O anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quarta-feira (27) em rede nacional de rádio e Tv deu início a uma das principais promessas de campanha de Lula: de colocar o pobre no orçamento e o rico no Imposto de Renda.
"Exatamente por isso, anunciamos, hoje, também a maior reforma da renda de nossa história. Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda", anunciou Haddad, informando ainda que aqueles que "tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais".
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“A gente está fazendo, junto com essa política de contenção, uma política de renda para tentar dar uma ajeitada na casa. Estamos isentando as pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês de pagar Imposto de Renda, que é mais de 70 milhões de pessoas. Estamos fazendo uma coisa correta, justa. E, obviamente, a gente vai ter de cobrar um pouco mais de imposto das pessoas mais ricas, o que é normal. Não tem nenhum problema”, celebrou Lula no dia seguinte.
Na prática, a medida vai fornecer um importante comparativo do atual governo com o que foi a gestão Jair Bolsonaro (PL), que articulou um amontoado de isenções - incluindo na importação de jet skys e armamentos - para favorecer os mais ricos.
O regime de redução progressiva do Imposto de Renda permitirá que todos os que têm ganho de R$ 5 mil não paguem um centavo de IR até 2026, no último ano do governo Lula.
Atualmente, as medidas já tomadas beneficiam os brasileiros que estão nesta faixa etária. Com Bolsonaro até mesmo quem ganhava R$ 2,5 mil - que estão isentos atualmente - pagava até R$ 44,70.
Na faixa de R$ 3,5 mil, na gestão anterior o contribuinte pagava R$ 170,20. Atualmente, o IR para esse ganho é de R$ 58,84.
No entanto, a maior disparidade acontece na faixa de R$ 5 mil. Com Bolsonaro se pagava mais de 10% desse valor, em torno de R$ 505. Em 2024, já no governo Lula, essa parcela da população está pagando R$ 335,15. Em 2026, estarão isentos.
“Vamos garantir que a inclusão social siga com responsabilidade fiscal, para que os avanços conquistados pelas pessoas no seu nível de vida não retrocedam”, disse Lula sobre o pacote de medidas para fortalecer o arcabouço fiscal.