O Caribe está prestes a liderar o crescimento econômico global em 2024, com a região projetada para atingir um impressionante aumento do PIB de 11,9%, de acordo com os dados mais recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI). Esse número supera amplamente o crescimento estimado de 1,8% da América do Sul, tornando o Caribe a região de crescimento mais rápido no mundo.
Grande parte desse desempenho excepcional pode ser atribuída à Guiana, um país que está vivenciando um impressionante boom econômico, com uma taxa de crescimento estimada de 43%.
Apesar da Guiana ser vizinha do Brasil e geograficamente fazer parte do continente sul-americano, o entendimento econômico, político e cultural é o de que o país faz parte do Caribe. O crescimento da Guiana, por exemplo, não entra nos dados sobre a América do Sul para entidades como o FMI.
A descoberta e a exploração de vastas reservas de petróleo offshore pela ExxonMobil transformaram este pequeno vizinho sul-americano e caribenho em um petroestado, impulsionando dramaticamente suas receitas e elevando as médias regionais.
Crescimento do Caribe
Embora o desempenho da Guiana seja extraordinário, outros países do Caribe também estão apresentando ganhos significativos. Antigua e Barbuda deve crescer 5,8%, enquanto Belize segue de perto com 5,4%. Aruba, República Dominicana e Dominica estão todas previstas para expandir em 5%. Pequenas ilhas, como Santa Lúcia e Granadinas (4,5%) e Granada (3%), também estão demonstrando progresso notável.
Obviamente, tratam-se de paíes com economias e populações pequenas, mas que evidenciam o desenvolvimento alto da região no período.
Barbados (4%), Santa Lúcia (3%) e Suriname (3%) destacam ainda mais a trajetória de crescimento diversificada da região, apoiada pela recuperação do setor de turismo, investimentos estrangeiros e reformas econômicas locais.
Em contrapartida, o Haiti permanece um ponto fora da curva, com uma contração projetada de -4%, reflexo da instabilidade política e das dificuldades econômicas. Porto Rico (1%) e Trinidad e Tobago (1,6%) também apresentam taxas de crescimento mais lentas em comparação aos seus vizinhos.