CRESCIMENTO ECONÔMICO

Efeito Lula: PIB dispara no terceiro trimestre e cresce 4,2% em relação a 2023

Monitor da FGV aponta que a economia brasileira cresceu 3% no acumulado até setembro

O presidente Lula e o ministro da Fazenda Fernando Haddad.Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conversa com o ministro da Fazenda Fernando HaddadCréditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Escrito en ECONOMIA el

O Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, nesta quinta-feira (21), mais um "efeito Lula": o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou um crescimento de 4,2% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. 

O desempenho econômico também registrou avanço de 1,0% em relação ao segundo trimestre, enquanto o crescimento mensal foi de 0,7% em setembro, na comparação com agosto, ambos ajustados sazonalmente. No acumulado dos últimos 12 meses, a economia brasileira cresceu 3,0% até setembro.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa do Monitor do PIB-FGV, destacou que o crescimento da indústria e do setor de serviços impulsionaram a disparada do PIB. 

“O desempenho da economia no terceiro trimestre, com crescimento de 1% na comparação com o segundo trimestre, mostra continuidade do bom desempenho da atividade econômica que vem sendo observado ao longo do ano. Pela ótica da produção, o grande destaque é o forte crescimento da indústria, que ocorreu de forma disseminada. Além disso, o setor de serviços também cresceu, a despeito de ter desacelerado, enquanto a agropecuária retraiu no trimestre", afirma. 

Consumo das famílias

O consumo das famílias cresceu 4,5% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2023. Apesar do ritmo elevado, houve uma leve desaceleração em comparação ao trimestre anterior, puxada pela menor expansão no consumo de produtos não duráveis.

Exportações e importações

O Monitor da FGV aponta ainda que as exportações cresceram 2,4% no trimestre, impulsionadas principalmente por bens de consumo. No entanto, houve desaceleração em relação às taxas observadas em 2023, quando produtos agropecuários e da extrativa tiveram forte expansão.

Por outro lado, as importações registraram crescimento recorde de 20,2%, o maior desde outubro de 2021. Este desempenho foi puxado por bens intermediários, serviços, bens de capital e produtos da extrativa mineral.

Taxa de investimento 

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2024, segundo a FGV, foi de 17,4%, acima da média desde 2015, mas ligeiramente abaixo da média registrada desde o ano 2000. Em termos monetários, estima-se que o PIB acumulado até setembro tenha alcançado R$ 8,639 trilhões em valores correntes.

*Com informações do Monitor FGV

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar