Um memorando assinado entre os oficiais do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) nesta segunda (18), durante os encontros do G20, sediados no Rio de Janeiro, prevê um fundo de investimento de R$ 16,8 bilhões do AIIB para projetos do BNDES.
O investimento, que vai ser destinado ao Fundo do Clima, vai se unir à série de iniciativas previstas no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo brasileiro, que deve promover até R$ 1,8 trilhão de financiamento, em todos os estados brasileiros, para os setores de infraestrutura, logística, saúde, educação e ciência, tecnologia e transição energética.
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A colaboração entre os bancos, conforme noticiou o portal do BNDES, deve financiar projetos de reconstrução dos danos sofridos pelo Rio Grande do Sul com as enchentes de 2024 e "apoiar programas e desenvolvimento urbano e infraestrutura social" para a COP-30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será sediada, em 2025, em Belém - PA.
O AIIB, com sede em Pequim, foi fundado em 2016 com o objetivo de promover desenvolvimento econômico e social a partir de investimentos em infraestrutura na Ásia e no Sul Global de maneira ampla.
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No memorando assinado nesta segunda com o Brasil, o banco incentiva também a cooperação entre capital privado para projetos de infraestrutura no país.
"O memorando assinado com o AIIB comprova que o BNDES retomou a sua missão de promover o desenvolvimento econômico e social do país", disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Para o vice-presidente do AIIB, Konstantin Limitovskiy, o BNDES é "um parceiro institucional prioritário" da instituição, e a colaboração estratégica entre os bancos tem como objetivo "impulsionar o crescimento sustentável" e "fomentar o crescimento econômico no Brasil, na Ásia e além".
O banco asiático, de que o Brasil se tornou membro em 2020, já investiu cerca de R$ 1,73 bilhão no país, em projetos voltados ao desenvolvimento sustentável e à infraestrutura de energia e redes de transmissão.
Em 2002, o AIIB aprovou um investimento de US$ 100 milhões em parceria com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para apoiar projetos de energia renovável e infraestrutura de conectividade entre Brasil e Ásia.
Em 2023, estabeleceu uma linha de crédito com o BTG Pactual para financiar o desenvolvimento de energias renováveis no Brasil; e, no mesmo ano, uma parceria com a Vinci Partners dedicou US$ 50 milhões a um fundo destinado a projetos de baixo carbono nos setores de água e energia.
O Novo PAC do governo federal, por sua vez, está estruturado em nove eixos de desenvolvimento:
- Transporte eficiente e sustentável
- Infraestrutura social inclusiva
- Cidades sustentáveis e resilientes
- Água para todos
- Inclusão digital e conectividade
- Transição e segurança energética
- Inovação para indústria da defesa
- Educação, ciência e tecnologia
- Saúde