ECONOMIA

Haddad anuncia nova cartada contra bancos para melhorar crédito dos brasileiros

Ministro da Fazenda anunciou que deseja reduzir taxa que dói no bolso de todas as famílias

Ministro Fernando Haddad anunciou que, dentro de 90 dias, governo vai tentar reduzir inadimplência da populaçãoCréditos: Wilson Dias/Agência Brasil
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Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro desta quarta-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, dentro de 90 dias, o governo irá anunciar um freio para os juros do rotativo do cartão de crédito

O chefe da pasta afirmou que ele e o governo vão apresentar um projeto para reduzir os juros rotativos do cartão de crédito, um catalisador do endividamento das famílias brasileiras.

Haddad anunciou que, dentro de 90 dias, será apresentado um freio para os rotativos. Junto com o Desenrola, o projeto pretende reduzir a inadimplência no país e facilitar o acesso a crédito.

"O que vamos contratar para o sistema bancário é uma transição para um sistema que seja mais saudável do que esse, que prejudica a parte mais frágil da sociedade. Teremos um freio de arrumação. Isso é um problema histórico do Brasil", disse o ministro da Fazenda.

"O presidente Lula, todo o governo, colocaram pressão sobre o sistema Febraban. Sem prejudicar as vendas, mas não podemos penalizar, nessas circunstâncias, quem por ventura não conseguiu honrar um compromisso", completa

"O crédito rotativo é o maior problema de juros do país. Você entra em uma roda, da qual não consegue sair. É um problema grave para as famílias brasileiras. É uma vergonha. Vamos tomar providência, tem um grupo de trabalho e temos que envolver os lojistas. Estamos com objetivo de este ano dar uma solução final para esse problema", completou.

Em janeiro de 2023, a taxa chegou a 411,5% ao ano, uma das mais altas do mundo. Um estudo da Proteste de 2017 mostrava que o Brasil cobrava juros do cartão 10 vezes mais altos do que Argentina, Peru, Colômbia, Venezuela, Chile e México. Nenhum desses países superava uma taxa de 47% por ano.

Nesta quarta-feira (2), o governo também aguarda a redução da taxa Selic pelo Conselho de Política Monetária (Copom), que pode ajudar a reduzir os juros do cartão de crédito.

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