PETROBRÁS

Entenda por que você vai pagar mais caro na gasolina e no diesel

"Ataque especulativo" pode motivar aumento nos preços dos combustíveis nos próximos meses

Aumento do preço da gasolina deve se refletir nas bombasCréditos: Pixabay
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Na terça-feira (15), a Petrobras divulgou um comunicado informando que os preços da gasolina e do diesel serão elevados para as empresas distribuidoras, a partir de quarta-feira, dia 16.

O valor por litro da gasolina experimentará um acréscimo de R$ 0,41, atingindo o patamar de R$ 2,93. Enquanto isso, o preço por litro do diesel aumentará em R$ 0,78, alcançando um novo total de R$ 3,80.

A gasolina teve um aumento de aproximadamente 16,3%, enquanto o diesel registrou um crescimento de cerca de 25,8%. O aumento é o maior desde o início do governo Lula e a implementação de uma nova diretoria na Petro.

O  aumento não é definitivo, e pode ser afetado por diversos fatores. Segundo a empresa, "o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda".

O crescimento no preço dos combustíveis não deve ser o único nos próximos meses. Segundo um comunicado de Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Frente Única dos Petroleiros (FUP), que reúne sindicatos de trabalhadores da Petrobras, a empresa está sofrendo um "ataque especulativo".

Por que você vai pagar mais caro na gasolina?

Basicamente, ele afirma que as distribuidoras de petróleo - privatizadas - devem reduzir seus estoques de petróleo para aumentar o valor do produto.

As refinarias privadas também tem pressionado a Petrobras e reclamado do preço baixo que a empresa tem colocado. Segundo Bacelar, o aumento do preço é uma tentativa de forçar a Petrobras a aumentar os valores com base nos preços internacionais.

“O que pode estar acontecendo são entraves na distribuição e revenda. É possível que revendedores estejam fazendo estoques, apostando que a Petrobrás vá subir o preço. Mas não há qualquer indicação de uma queda nas importações que justifique o desabastecimento”, explica.

As importadoras de combustíveis se tornaram muito prolíficas durante o período da Política de Preço Paritário Internacional (PPI), quando podiam vender petróleo ao mesmo preço que a Petrobras.

Depois que a empresa pública decidiu dar o seu próprio valor sobre os combustíveis, o setor privado tem tentado pressionar a Petro para que seu negócio siga sendo lucrativo - mesmo que às custas do povo brasileiro.

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