O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), Mauricio Moura, afirmou durante transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta segunda-feira (5), que a taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em astronômicos 13,75%, voltará a cair.
Membro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, órgão que define a taxa de juros a cada 45 dias, Moura não detalhou quando essa queda deve acontecer, mas afirmou que o fato da inflação estar controlada permitirá essa redução.
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"A taxa de juros vai voltar a cair em algum momento. A tendência é que em algum momento ela vai baixar, assim que as condições permitirem, ela vai cair", disse o diretor na primeira edição da "LiveBC", série de transmissões ao vivo que o Banco Central deu início para aproximar a população aos temas debatidos pela instituição financeira.
A queda da inflação é considerado um fator determinante, segundo o BC, para a queda da taxa de juros - e as projeções apontam para um cenário favorável neste sentido. Nesta segunda-feira (5), o banco divulgou nova rodada do Boletim Focus apontando que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela terceira vez seguida: de 6,02%, há um mês, para 5,69%.
Assista à íntegra da live do Banco Central
Crescimento do PIB
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país também é considerado essencial para que os juros caiam. Na última quinta-feira (1), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgo que o PIB brasileiro registrou uma alta de 1,9% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo trimestre de 2022 (governo Bolsonaro), o PIB apresentou um crescimento de 4%.
Além disso, no acumulado dos quatro trimestres encerrados em março de 2023, o PIB teve um aumento de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
O governo Lula, recorrentemente, faz críticas públicas à taxa de juros fixada em 13,75% pelo Copom do BC e, ao comentar o crescimento do PIB na última quinta-feira (1), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que essa projeção "abre uma janela" para que a Selic seja reduzida.
"Para manter a economia gerando emprego, a gente precisa tomar cuidado com 2024... E ter clareza de que temos aí uma oportunidade muito boa, pois a inflação está vindo controlada, juro futuro caindo bastante sensivelmente, o que abre uma janela de oportunidade importante para a política monetária [redução da taxa de juros]", pontuou.