Finalmente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admite que os juros podem cair. Ele fez a declaração durante um evento do setor varejista em São Paulo nesta segunda-feira (12).
A fala de Campos Neto aumenta as expectativas em relação à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)., sobretudo diante do bom desempenho da economia brasileira sob a gestão do presidente Lula, com queda da inflação e o otimismo do mercado em relação ao progresso do novo arcabouço fiscal no Congresso.
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Campos Neto finalmente deu o braço a torcer e fala que é possível uma queda relevante nos juros futuros para abrir espaço para um possível corte na taxa básica Selic.
Atualmente, a taxa Selic, ou seja, os juros, está em 13,75% ao ano, uma das maiores do mundo.
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Otimismo com novo arcabouço fiscal
Campos Neto também mencionou que o mercado tem reagido positivamente ao arcabouço fiscal do governo, com a queda nos juros futuros e o câmbio seguindo na direção correta. Ele destacou que o país provavelmente terá deflação em junho, mas que a inflação deve se elevar posteriormente, ficando entre 4,5% e 5% em 2023.
Campos Neto também falou sobre o crédito no país, destacando que, apesar das altas taxas de juros, a desaceleração do crédito no Brasil é menor do que em outros lugares do mundo. Ele afirmou que a estimativa é de um crescimento de 8% no crédito em 2023, após um aumento de 13,5% em 2022.
Por fim, o presidente do Banco Central ressaltou a importância de agir com credibilidade ao realizar cortes na taxa Selic, evitando efeitos negativos. Ele enfatizou que a decisão de reduzir os juros é tomada pelo colegiado, sendo um debate técnico, e que cortes artificiais não trarão os resultados esperados. Campos Neto também mencionou as perspectivas de crescimento para a China, a zona do euro e o Brasil, com revisões apontando para um aumento maior no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Diretor do BC já avisou que os juros podem cair
O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Mauricio Moura, afirmou durante transmissão ao vivo nas redes sociais, no último dia 5 de maio, que a taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em astronômicos 13,75%, voltará a cair.
Membro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, órgão que define a taxa de juros a cada 45 dias, Moura não detalhou quando essa queda deve acontecer, mas afirmou que o fato da inflação estar controlada permitirá essa redução.