A Federação Única dos Petroleiros (FUP) emitiu uma nota endossando o parecer do Departamento Jurídico do Ministério da Economia que classificou a tentativa de privatização da Petrobras como uma espécie de “doação da estatal a seus sócios privados”, divulgada numa reportagem publicada pelo diário paulista Folha de S.Paulo na última terça-feira (16).
PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) criticou a iniciativa de venda, agrupando uma série de prejuízos que seria imposta à União em caso de privatização, afirmando que se trataria de um caso de “possível lesão ao erário público”.
"Repudiamos toda e qualquer ação do governo Bolsonaro no sentido de tentar privatizar a Petrobrás, seja por meio de projeto de lei ao Congresso Nacional, seja por artifícios de venda de ações da empresa em poder da União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Vamos ver se o governo terá a ousadia de ensaiar privatizar a maior empresa do Estado brasileiro", afirmou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. Ele destacou ainda que, no final do ano passado, "os petroleiros aprovaram em assembleias estado permanente de greve, caso Bolsonaro lance sobre a Petrobrás sua política de pilhagem do patrimônio público. A mobilização é permanente.
Bacelar observa que a menos de 50 dias das eleições esse tema volta à pauta de Bolsonaro. "Ele deveria ter usado esse poder que tem como presidente da República para fortalecer a Petrobrás e mudar a política de preços no Brasil com relação aos combustíveis".