O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do PDT paulistano, Antonio Neto, discursou na manhã desta terça-feira (07) na 110ª Conferência Internacional da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e fez duras críticas ao governo Bolsonaro, o qual acusou de ser "genocida" e uma "ameaça à democracia".
“O governo brasileiro, que tem uma agenda negacionista e economicamente cruel, que produziu um genocídio na pandemia com quase 670 mil mortos – taxa de mortalidade quatro vezes maior que a média mundial –, promove um tensionamento em nossa democracia. O presidente do Brasil estimula a desconfiança do sistema eleitoral, incentiva a desarmonia entre os Poderes e atiça seus seguidores a perseguir a imprensa, a oposição e o Judiciário”, afirmou Antonio Neto
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O líder sindicalista também falou sobre as políticas neoliberais imposta pela gestão Bolsonaro e como isso agravou ainda mais situação da classe trabalhadora no Brasil. “A pandemia do coronavírus expôs o colapso do sistema econômico global, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil. A desindustrialização, a queda da renda, o desmonte do Estado, a precarização do trabalho, o enfraquecimento dos sindicatos e as desigualdades produzidas pelo neoliberalismo foram implacáveis com os mais vulneráveis. Governos que prometeram estabilidade entregaram miséria e uma absurda concentração de renda. No Brasil, esta questão é agravada com um governo que relega a segundo plano valores como democracia, humanismo e tolerância”, relatou o líder trabalhista.
Após o discurso de Antonio Neto, a comitiva do governo brasileiro pediu direito de resposta e, apesar da campanha negacionista de Bolsonaro contra as vacinas e até mesmo de negar a gravidade da pandemia, destacou a vacinação contra o coronavírus no Brasil. Também não foi mencionado o retorno do Brasil ao mapa da fome.
“Até o momento, mais de 83% da população elegível no Brasil foi totalmente vacinada. Para enfrentar os efeitos devastadores da pandemia de COVID-19 no mundo do trabalho, o governo brasileiro promulgou programas bem-sucedidos de retenção de emprego, que garantiu empregos para 11 milhões de trabalhadores, e transferência de renda, que forneceu ajuda imediata para quase 70 milhões pessoas, com foco nos mais vulneráveis. A desigualdade de renda voltou aos níveis pré-pandemia e vem diminuindo desde então. Atualmente, o programa Auxílio Brasil atinge mais de 18 milhões de famílias”, declarou o representante do governo Bolsonaro.