A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu abrir um processo administrativo contra Petrobras em razão da renúncia do presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho. O anúncio da renúncia não teria seguido os passos corretos.
O órgão de fiscalização do mercado financeiro estabelece alguns passos para a divulgação de notícias capazes de impactar fortemente os mercados. As informações "privilegiadas" precisam ser sigilosas até que cheguem à CVM.
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A renúncia de Coelho foi confirmada nesta segunda-feira (20), em comunicado lançado às 10h. No domingo, já circulavam boatos de que o presidente da companhia renunciaria. Um ministro chegou a informar a colunista Mônica Bergamo, da Folha, sobre a demissão antes do comunicado.
"A Petrobrás informa que o senhor José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um presidente interino será examinada pelo conselho de administração da Petrobras a partir de agora. Fatos relevantes serão prontamente comunicados ao mercado", diz nota da empresa.
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O executivo estava sob pressão do governo Jair Bolsonaro (PL) e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após o anúncio do novo aumento do preço dos combustíveis. Coelho ainda teria perdido a maioria no colegiado da estatal, que até então se mantinha fiel a ele.