O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), postou uma série de tuites sobre a disparada dos preços dos combustíveis. Ao contrário de seus pares, o senador afirmou que a União é majoritária no controle da Petrobras e que não existe "dicotomia Petrobras e Governo".
"Se a situação dos preços dos combustíveis está saindo do controle, o Governo deve aceitar dividir os enormes lucros da Petrobras com a população, por meio de uma conta de estabilização de preços em momentos de crise", escreveu Pacheco.
Te podría interesar
Em seguida, o senador afirma que, se o governo quiser, pode instituir mecanismos de controle dos preços, a exemplo de outros países.
"Afinal, é inexistente a dicotomia Petrobras e Governo, pois a União é a acionista majoritária da estatal e sua diretoria indicada pelo Governo. Além disso, medidas semelhantes estão sendo adotadas por outros países em favor de sua economia e de sua população", disse.
Por fim, Rodrigo Pacheco afirma que o Senado aprovou uma série de medidas que o governo federal poderia ter adotado e reforça a criação de uma conta de estabilização.
Governo federal se irrita se com aumento dos combustíveis
A decisão do Conselho de Administração da Petrobras realizada na quinta-feira (16) irritou o governo de Jair Bolsonaro (PL) que tenta frear o aumento de preços dos combustíveis, apesar de manter a política de Preço Paridade Internacional (PPI). A PPI dolariza os combustíveis e é a principal razão para o aumento sem controle.
O centrão, preocupado com as dificuldades que Bolsonaro enfrenta na busca pela reeleição, reagiu.
"Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil. E não pode, por isso, continuar com tanta insensibilidade, ignorar sua função social e abandonar os brasileiros na maior crise do último século", tuitou o ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vai convocar uma reunião de líderes na casa legislativa para discutir a questão e cobrou a renúncia do presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho.