A crise dos combustíveis ganhou mais um capítulo, que pode diminuir ainda mais a popularidade de Jair Bolsonaro (PL). O estoque de diesel, comercializado nos postos de combustíveis, só garante o suprimento do mercado nacional por 20 dias, se, nesta sexta (27), for interrompida a produção interna do derivado e suspensa sua importação.
O registro alarmante foi feito por produtores e distribuidores de diesel à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). O diesel é fundamental para o transporte de caminhões.
Os importadores diminuíram o ritmo de compra no exterior, em consequência do congelamento do preço do diesel vendido pela Petrobras. Isso torna a venda do derivado pouco ou nada atrativa comercialmente, de acordo com reportagem de Rafael Bitencourt, no Valor Econômico.
Petrobras se blinda para evitar ataques e Bolsonaro
A Petrobras encaminhou ao governo um ofício para formalizar o alerta sobre o risco de desabastecimento de diesel no Brasil.
O objetivo é que, com o documento, a empresa evite futuros ataques de Bolsonaro. Caso a crise se instale, ele não poderá responsabilizar a Petrobras e dizer que não tinha conhecimento do perigo de faltar diesel.
Conselheiros da empresa se mostram preocupados com a lentidão do governo Bolsonaro em elaborar um plano emergencial para evitar a escassez de combustível.