A marca de luxo Daslu vai a leilão decidido pela Justiça de São Paulo para pagar dívidas do processo de falência da empresa. podem dar lances maiores do que R$ 1,4 milhão até 7/6.
De acordo com informações do Metrópoles, o juiz Leonardo Fernandes dos Santos determinou que o leilão fosse realizado pela empresa Sodré Santoro, que receberá 5% do valor. “Envolve o direito de uso da marca Daslu e das marcas do grupo, como Villa Daslu, Daslu Village e Terraço Daslu”, explicou Mariana Sodré Santoro, leiloeira oficial.
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O início
A Daslu foi inaugurada em 1958 por Lúcia Piva de Albuquerque e Lourdes Aranha dos Santos como uma boutique fechada em uma casa na Vila Nova Conceição, região nobre da capital paulista.
A loja só permitia a entrada de mulheres, que podiam experimentar as peças de luxo até mesmo fora dos provadores.
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Eliana Tranchesi, filha de Lúcia, assumiu o negócio após a morte da mãe. Ela inaugurou um megaempreendimento em 2005, que chegou a ser um conglomerado com 70 lojas, chamado Villa Daslu, na Vila Olímpia, que vendia grifes importadas e produtos de uma marca própria. A loja era tão popular entre os endinheirados que, durante os anos 90, até mesmo ser uma vendedora da rede era sinônimo de glamour.
A derrocada
No ano de sua inauguração, a Polícia Federal deflagrou a Operação Narciso e apontou que a Daslu praticava sonegação fiscal na importação e venda das peças.
Eliana Tranchesi foi condenada a 94 anos e seis meses de prisão em 2009. Ela chegou a ser presa mas acabou solta logo em seguida. Ela morreu em 24/2/12, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações de um câncer no pulmão.
O grupo passou por um leilão judicial em 2011 e acabou vendido por R$ 65 milhões para a Laep Investments, que também foi dona da Parmalat. Do valor da venda, R$ 44 milhões foram destinados para pagar 200 credores, que alegavam que deveriam receber R$ 90 milhões.
Uma loja da Daslu recebeu, em 2016, ordem de despejo para sair do espaço no Shopping JK Iguatemi. Não foi divulgado na época o montante da dívida da empresa com o shopping, mas o valor da ação na Justiça era de R$ 2,5 milhões.
Com informações do Metrópoles