A Justiça, o pedreiro, a madame da Daslu e a conclusão de Bóris Casoy

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A empresária Eliana Tranchesi, 56 anos, ex- dona da butique Daslu, foi enterrada ontem (sexta-feira 24) em São Paulo.

Boa parte da sociedade paulistana esteve no velório, como o empresário Abílio Diniz, o publicitário Nizan Guanaes e a colunista Joyce Pascovich.

Ícone do comércio de luxo no país, Eliana também foi acusada de comandar um esquema de fraudes em importações.  Em 2005 foi presa pela primeira vez, pois seu império de luxo que deslumbrava a elite paulista foi construído sonegando impostos, cometendo fraudes e contrabando: Eliana deixou uma dívida de 500 milhões de reais junto à Receita Federal. Foi liberada no mesmo dia com os habeas corpus relâmpago que a Justiça dá para criminosos como a dona da Daslu.

Em 2009, condenada a 94 anos de prisão passou uma única noite na cadeia, pois novamente foi liberada por um habeas corpus relâmpago.

O pedreiro Fernando Lima tentou furtar um boné que custava 10,00. Foi preso, condenado a sete meses de prisão sem direito a liberdade, passou quatro meses na cadeia, até que conseguiu um habeas corpus em 2ª instância:

E ontem, o âncora Bóris Casoy do alto de sua bancada, aquele mesmo que como bem lembrou @MarcioMFelix: "o cara que hostiliza e debocha dos lixeiros "escória da sociedade" e chora morte dos milionários sonegadores." concluiu que a culpa da morte de Eliana Tranchesi é de Lula.

CAGUEI, Bóris! É humano. Cagar pela boca, então...

Atualização: Acabei de ler este texto da Hildegard Angel:  Réquiem para Eliana Tranchesi, uma visionária a quem a Receita do Brasil deve muito.   Admiro a Hilde em sua luta constante pela Comissão da Verdade e a defesa dos direitos humanos, mas ela está equivocada em sua análise. Desta vez ela pôs a amizade  acima das leis. Tranchesi sonegava e grande parte de sua riqueza veio disso e  a Justiça não pode ser condenada por ter agido contra a sonegação dos que boicotam as políticas públicas sonegando impostos.