Há três meses, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) convidou o Brasil para integrar o grupo. Porém, entidades civis enviaram, esta semana, uma carta ao secretário-geral da entidade, alertando a respeito dos retrocessos e desmontes promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na avaliação de Anistia Internacional Brasil, Human Rights Watch, Transparência Internacional-Brasil e WWF-Brasil, a conduta do atual governo brasileiro prejudica, diretamente, o fortalecimento da democracia, o combate à corrupção, a transparência, os direitos humanos e o meio ambiente.
As entidades acreditam que uma possível adesão do governo brasileiro à OCDE pode representar que a organização não está atenta aos retrocessos recentes que acontecem no país.
Por isso, o grupo está tentando marcar uma reunião com Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE, segundo O Globo.
A diretora- executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, ressalta que a população brasileira está tendo seus direitos violados diariamente por Bolsonaro e sua equipe de governo.
Organizações apontam necessidade do cumprimento de determinadas metas
As organizações afirmam, na carta, que aprovam a presença brasileira na OCDE: “Pode ajudar o Brasil a aprimorar não só seu desempenho econômico, mas também a promoção dos direitos humanos e da boa governança ambiental e climática”.
Porém, alertam que é fundamental que o país se comprometa, também, com o cumprimento de metas nas áreas citadas, de teor social, além de “demonstrar, efetivamente, a capacidade e a boa vontade de implementar, de forma perene, as políticas e boas práticas recomendadas pela OCDE”.