Fontes do Itamaraty relatam ter preocupação com a possível “falta de tato” do presidente Jair Bolsonaro (PL) em caso de declarações sobre a possibilidade de uma invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
Assim que decidiu manter usa viagem, Bolsonaro foi mais do que orientado pelos profissionais do Itamaraty a como deve se comportar: não tocar no assunto de dimensão global e fazer apenas comentários superficiais se provocado sobre o tema pelo presidente russo, Vladimir Putin.
"A paz no mundo"
Especialistas em Relações Exteriores e membros do próprio governo foram resistentes à ida de Bolsonaro à Rússia neste momento. Na tentativa de demover a impressão de que a visita oficial significa um endosso a Moscou, o Itamaraty emitiu nota oficial na semana passada com afagos às relações diplomáticas “de alto nível” com a Ucrânia.
Ao comentar o assunto em live no sábado, Bolsonaro pediu a Deus “que reine a paz no mundo”.
A viagem de Bolsonaro traz ainda o objetivo velado de emplacar a ideia de que ele não estaria isolado internacionalmente. Estremecido com os EUA desde a derrota de Donald Trump, Bolsonaro também tem uma relação conturbada com os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, e da França, Emmanuel Macron.
Com informações do Estadão