Durante o debate presidencial exibido na noite desta sexta-feira (29), o presidente Bolsonaro (28) uso dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para rebater dados da Rede PENSSAN (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar) apresentados por Lula (PT) sobre o número exato de pessoas que vivem com insegurança alimentar.
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Antes um órgão independente, o Ipea passou a ser instrumentalizado durante a gestão de Bolsonaro e sob o comando do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Conforme mostra reportagem do UOL, de março deste ano, à época Ciro Nogueira exonerou o então presidente do Ipea, Carlos Von Doelinger por Erik Alencar. O objetivo da mudança? Alguém alinhado ao governo federal.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o objetivo do governo era instrumentalizar o Ipea para que o instituto "atuasse em pautas mais relevantes ao governo".
A instrumentalização do Ipea e, consequentemente, o fim de sua autonomia para realizar pesquisas foi lembrado pela senadora Simone Tebet (MDB-MT), que ironizou a defesa do órgão feita por Bolsonaro durante o debate.
Por meio de suas redes sociais, Simone Tebet afirmou que "Bolsonaro não faz ideia de como funcionam as políticas púbicas. Não se envolve, não sabe nada da sua administração".
Em seguida, Tebet lembra que o próprio presidente já atacou o Ipea. "O IPEA, que ele cita no debate, é o mesmo que ele questionou a veracidade das pesquisas que apontavam o aumento da fome no país", escreveu a senadora.