Após um debate morno, sem grandes novidades aos eleitores, integrantes das campanhas de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) acreditam que o impacto na definição de votos de indecisos será pequena.
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Considerado bem treinado, Lula não se desestabilizou diante do ritmo "descompesado" - segundo o próprio petista - do adversário. Para integrantes da campanha, a inteligência emocional de Lula fez com que ele saísse vitorioso do debate.
Já entre assessores de Bolsonaro, o desempenho do atual presidente foi uma decepção, especialmente pelo tom nervoso com que se apresentou logo no primeiro bloco, quando nem ao menos cumprimentou os telespectadores e jogou, sem nenhuma estratégia, uma promessa de aumento do valor do salário-mínimo sem previsão na lei orçamentária do ano que vem.
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A promessa vazia acabou levantando a bola para Lula, que falou do aumento acima da inflação que o salário mínimo teve em seus dois mandatos à frente da Presidência, encurralando o adversário.
Bolsonaro também tentou, mas não conseguiu impor pautas no debate, marcado especialmente por exposições fora das perguntas feitas um ao outro.
Contou negativamente também para o presidente o fato dele ter pedido um novo mandato para "deputado federal" na exposição final, em claro sinal de derrotismo.
O fato é que Bolsonaro precisava convencer indecisos e até eleitores de Lula de que ele é a melhor opção, mas falou para a própria bolha, sem potencial para virar votos.
Pesquisa qualitativa feita pela AtlasIntel com 100 eleitores que não votaram em nenhum dos dois candidatos no primeiro turno, mostra vitória de Lula, que obteve a preferência de 51,5% no debate. Outros 33,79% dizem que Bolsonaro venceu e 14,9% não souberam responder.