ALTA DOS PREÇOS

Alimentos, saúde e vestuário puxam inflação, que volta a subir em outubro

Batata teve alta de mais de 20% em um mês. Tomate e cebola também ficaram mais de 5% mais caros no período. Redução artificial dos preços dos combustíveis não segurou inflação nem por três meses.

Bolsonaro e Paulo Guedes.Créditos: Isác Nobrega/PR
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A queda forçada dos preços com a redução imposta pelo governo aos preços dos combustíveis não durou nem mesmo até o final das eleições. Divulgado nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que faz a prévia da inflação, registrou alta de 0,16% em outubro. No ano, a inflação chega a 4,8% e no acumulado em 12 meses bater 6,85%.

A alta dos preços foi puxada principalmente pelos setores de alimentação (0,21%), saúde e cuidados pessoais (0,8%) e vestuário, que subiu 1,43%, após já ter registrado alta de 1,66% no mês anterior.

A inflação ocorre após dois meses de deflação - quando há registro negativo nos preços.

A redução artificial dos preços dos combustíveis - Etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%) -, que deve sofrer um aumento logo após as eleições, segurou os preços por dois meses e ainda causa reflexo, mesmo com os preços novamente em alta. 

No entanto, as passagens aéreas subiram 28,17%, juntamente com a alta das passagens dos ônibus intermunicipais (0,42%).

No grupo Vestuário (1,43%), os preços dos calçados e acessórios (1,82%), das roupas infantis (1,71%) e das joias e bijuterias (1,00%) aceleraram em relação a setembro. 

Em Saúde e cuidados pessoais (0,80%), o destaque foi a alta no item plano de saúde (1,44%), decorrente dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Alimentação

O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,21% em outubro. O resultado foi puxado pela alimentação no domicílio (0,14%), cujo resultado havia sido de -0,86% no mês anterior. Contribuíram para isso as altas das frutas (4,61%), da batata-inglesa (20,11%), do tomate (6,25%) e da cebola (5,86%).