Apesar das tentativas do ministro da Economia, Paulo Guedes, de negar o desastre econômico no Brasil, a taxa de desemprego é a 4ª maior entre as principais economias do mundo.
Segundo o ranking, feito pela agência de classificação de risco Austin Rating, que reúne dados de mais de 40 países que já divulgaram números oficiais no terceiro trimestre, o desemprego no país é mais que o dobro da taxa média global.
Além disso, é o pior entre os integrantes do G20 (grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia) que já divulgaram números relativos a agosto ou setembro.
De acordo com o ranking, divulgado pelo G1, apenas Costa Rica (15,2%), Espanha (14,6%) e Grécia (13,8%) registraram em agosto uma taxa de desemprego maior que a do Brasil (13,2%). A média global é de 6,5%.
Os países com as menores taxas de desocupação são Cingapura (2,6%), Suíça (2,7%) e República Tcheca (2,8%). África do Sul, Arábia Saudita e Argentina não divulgaram dados oficiais do 3º trimestre.
No conjunto de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de desemprego caiu para 5,8% em setembro, e agora está 0,5 ponto percentual acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro do ano passado (5,3%).
Na zona do euro, a taxa ficou em 7,4% em setembro, retornando ao patamar pré-pandemia. Nos EUA, o desemprego recuou para 4,8%, ante 5,2% em agosto.
Brasil tem 14,4 milhões de desempregados, diz IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou uma queda de 0,6 ponto porcentual na taxa de desocupação no segundo trimestre de 2021 em relação aos três meses anteriores, mas o Brasil ainda conta 14,4 milhões de desempregados, 1,7 milhão a mais do que entre os meses de abril e junho de 2020.
Segundo dados divulgados em 31 de agosto, a taxa de desemprego no segundo trimestre de 2021 foi de 14,1% – frente aos 14,7% registrados no primeiro trimestre, quando haviam 14,8 milhões de desempregados no país.
No mesmo período em 2020, o Brasil tinha 12,8 milhões de pessoas sem emprego.
A população fora da força de trabalho ficou em 74,9 milhões de pessoas, uma queda de 2,1% (menos 1,6 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e de 3,7% (menos 2,9 milhões de pessoas) na comparação anual.