Amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Emival Eterno da Costa, o cantor setanejo Leonardo foi incluído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na "lista suja" do trabalho escravo nesta segunda-feira (7).
O cadastro é atualizado pelo governo para expor pessoas físicas e jurídicas que tenham propriedades investigadas por explorar o trabalho análogo à escravidão.
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Em novembro de 2023, o Ministério do Trabalho flagrou seis pessoas, entre elas um adolescente de 17 anos, em condições degradantes de trabalho na Fazenda Talismã, de propriedade de Leonardo e que leva o nome de um dos maiores sucessos do cantor.
Segunda o site Repórter Brasil, especializado no tema, os trabalhadores foram resgatados em uma casa abandonada, sem água potável, banheiro ou camas. Eles dormiam em um espaço improvisado com tábuas de madeira e galões de agrotóxicos.
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Ainda segundo o site, que teve acesso ao relatório, o lugar estava infestado de insetos e morcegos e exalava um “odor forte e fétido”.
Em julho, Leonardo fez uma festa luxuosa na fazenda, avaliada em mais de R$ 60 milhões, para comemorar seu aniversário de 61 anos.
Advogado do cantor, Paulo Vaz disse ao Repórter Brasil que o flagrante de trabalho escravo "tratava-se de uma área arrendada, que todas essas pessoas tiveram as indenizações pagas e que os processos se encontram arquivados”.
O local onde os trabalhadores foram resgatados ficava na Fazenda Lakanka, vizinha à Talismã, e também pertencente a Leonardo. A área foi arrendada em 2022 para um plantador de soja.