As declarações xenofóbicas da influenciadora bolsonarista Antonia Fontenelle fizeram com que ela entrasse na mira da Polícia Civil da Paraíba. Um inquérito foi instaurado, nesta quinta-feira (15), para investigar o possível crime de racismo cometido pela youtuber.
Antonia usou as redes sociais para divulgar os vídeos das agressões do DJ Ivis contra sua ex-esposa, Pamella Holanda. Porém, fez o seguinte comentário: “Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo”.
O DJ Ivis é paraibano e mora em Fortaleza, onde foi preso nesta quarta (14). Ao tentar se justificar, Antonia deu outra declaração que também entrou no inquérito contra ela.
“Paraíba eu me refiro a quem faz paraibada. Pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for, se fizer paraibada. É uma força de expressão, eu falei que paraíba faz paraibada”, afirmou.
Depois disso, muitos internautas criticaram a posição de Antonia, classificando seu posicionamento como preconceito e xenofobia.
Juliette
Uma dessas pessoas foi a maquiadora Juliette Freire, campeã da última edição do Big Brother Brasil.
“Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe ‘ser Paraíba’ e ‘fazer paraibada’. Existe ser PARAIBANA/O, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum”, postou Juliette.
“Isso evidencia, a priori, o crime de racismo, tipificado no art. 20 da Lei nº 7716/1989, cuja pena é de reclusão de um a três anos e multa, e a ação penal é pública incondicionada”, diz o delegado Pedro Ivo, da 1ª DSPC.
A 1ª Delegacia Seccional de Polícia Civil (1ª DSPC) tem um mês para concluir o procedimento.