A Câmara dos Deputados aprovou, durante sessão nesta quinta-feira (17), emenda, de autoria da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), ao Projeto de Lei 1011/20. Com isso, as trabalhadoras domésticas terão prioridade nos grupos de vacinação contra a Covid-19. A emenda, agora, vai para o Senado.
Segundo a parlamentar, no trimestre que terminou em fevereiro de 2019, havia 6,2 milhões de trabalhadores e de trabalhadoras domésticas no país. Desses, 92% são mulheres, e, dentre os 92%, 66% são negras.
Durante a pandemia, as oportunidades de empregos, que eram 6 milhões, caíram para 4,9 milhões. Dentro desse contexto, somente 26,7% têm carteira assinada, e o salário médio é R$ 925.
“É grande a minha satisfação por ter atendido ao apelo das empregadas domésticas, uma categoria que foi classificada como essencial. Nós temos consciência do papel dessas mulheres e desses homens. Essa pandemia exige de cada um de nós todos os cuidados necessários”, festejou Benedita.
“Por conta disso, nós precisamos olhar com carinho essas pessoas. Eu quero agradecer todas e todos que comigo somaram para aprovar essa emenda das trabalhadoras domésticas, dando a elas a prioridade para que sejam vacinadas e não sejam contaminadas e nem contaminem ninguém”, destacou a deputada.
Primeira contaminada
A parlamentar lembrou, em sua fala durante a sessão, que no seu estado, Rio de Janeiro, a primeira pessoa a ser contaminada com o vírus foi uma trabalhadora doméstica, que acabou morrendo.
“Hoje, algumas estão trabalhando com afinco, pois precisam sustentar a sua casa. Então, vamos dar segurança a elas. Quanto mais aceleramos esse processo, mais proteção nós damos a elas. Faço um apelo, vamos votar no dia de hoje ainda o PL 1.011, para que essa emenda colocada, que é quase consensual, possa trazer essa tranquilidade e dignidade para essas trabalhadoras e para esses trabalhadores”, finalizou Benedita, antes da aprovação de sua emenda.