Em mais uma ação de censura e desrespeito às leis no país, estimulada por Jair Bolsonaro, o delegado Pablo Dacosta Sartori, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, no Rio de Janeiro, encaminhou, nesta quinta-feira (15), o procedimento aberto contra Felipe Neto para a Justiça Federal.
A informação está inserida no relatório enviado por Dacosta a respeito de todas as investigações existentes no Rio, com base na Lei de Segurança Nacional, resquício da ditadura militar, contra o presidente, de acordo com a coluna de Ancelmo Gois, em O Globo.
Cinco procedimentos contra Bolsonaro tiveram início em novembro de 2020, três deles tendo como motivação a afirmação de que ele é um “genocida”, devido a sua conduta pessoal e de seu governo no combate à pandemia do coronavíruas.
Sem compartilhamento
Um dos cinco procedimentos é o do youtuber Felipe Neto. A questão é que o delegado não poderia encaminhar as informações à Polícia Federal (PF), pois a Justiça do Rio, via liminar, suspendeu o caso e a decisão não prevê o compartilhamento das informações.
Dacosta teve de informar os procedimentos abertos depois que a Defensoria Pública da União ingressou com um habeas corpus (HC) coletivo no Supremo Tribunal Federal (STF).
O HC pede o trancamento das investigações que utilizam a Lei de Segurança Nacional para perseguir críticos de Bolsonaro.
Advogados de Felipe Neto ainda não foram informados
"Acho q a galera não entendeu a gravidade. Juíza ordenou que a investigação contra mim por 'crime contra a segurança nacional' fosse suspensa. Hoje, segundo apuração do Ancelmo, o delegado desobedeceu e enviou investigação pra justiça federal. O que estamos vivendo?", escreveu Felipe Neto, no Twitter.
Segundo o youtuber, seus advogados ainda não foram informados. "Meus advogados não foram informados, estou sabendo pela imprensa. Delegado afrontando juíza pra me perseguir? Por que me dar essa importância?", questionou.