A menina de 10 anos estuprada pelo próprio tio no interior do Espirito Santo foi vítima de assédios dentro do hospital onde estava internada, para realizar o aborto que a livraria do fardo de carregar o fruto de uma violência para o resto da vida, de acordo com reportagem feita pelo jornal El País Brasil.
A criança que fez uma longa jornada interestadual para interromper a gravidez indesejada – procedimento este assegurado pela Constituição brasileira – teve de enfrentar ofensivas na parte externa do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), por um grupo ultraconservador liderado pela fundamentalista Sara Winter, e também sofreu inúmeras pressões de um grupo cristão do corpo médico da instituição.
Segundo fontes, enquanto se preparava para a cirurgia, tanto a criança, quanto a avó (sua responsável legal), foram abordadas por um obstetra e uma pediatra que tentaram fazer com que ambas mudassem de ideia.
A vítima e a avó, entretanto, se mantiveram firmes na decisão. O aborto foi realizado nesta segunda-feira (17) e a menina de 10 anos passa bem.