Thread: O caso da blogueira de SC que foi estuprada por um empresário no Café de La Musique

Caso aconteceu em dezembro de 2018, em Florianópolis. O empresário André de Camargo Aranha foi absolvido após promotor dizer que ele cometeu "estupro culposo"

Mariana Ferrer - Foto: Reprodução/Twitter
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O empresário André de Camargo Aranha foi absolvido em setembro deste ano após ser acusado de estupro pela influenciadora Mariana Ferrer. O caso aconteceu em dezembro de 2018 no beach club Café de La Musique, em Florianópolis. A vítima chegou a apresentar diversas provas contra ele e o assunto ganhou repercussão internacional. Leia também: Ministério Público usou “estupro culposo” para inocentar empresário no caso Mariana Ferrer Leia também: Para Weintraub, “estupro culposo”, usado por juiz no caso Mariana Ferrer, é “marxismo cultural” O perfil Cris Dias no Twitter compartilhou uma thread com todos os detalhes sobre o caso. Confira: O caso da blogueira Mariana Ferrer e o porquê do autor do crime estar sendo protegido. A thread; Antes de começar a thread, gostaria de pedir a todos que usassem a hashtag #maribferrer para responderem/citarem essa thread, é muito importante dar visibilidade para esse caso. A blogueira Mariana Ferrer era embaixadora do “Café de La Musique”, que fica em Jurerê, Florianópolis. O local se trata de um beach club luxuoso, sempre se mostrou seguro e devido essa imagem que transparecia ela acabou aceitando trabalhar no lugar. Fazia pouco tempo que Mariana havia sido convidada para trabalhar no local, sua função era divulgar o local, gastronomia e estar presente nas festas com os convidados dela. Indo direto para o caso. No dia 15 de dezembro de 2018, Mariana foi dopada, estuprada e abandonada por suas “amigas” que a acompanhavam no local. As “amigas” não só abandonaram Mariana, mas também compactuaram com o crime dentro do local, indo todas jantar com o estuprador e a corja no restaurante de um dos sócios do local. Todas as embaixadoras do clube recebem um cartão de consumo, como se fosse uma comanda. Através disso e das filmagens do telefone da vítima foi comprovado que naquele dia Mariana tomou apenas uma dose de gin e água. Mariana ficou totalmente inconsciente e como uma marionete. Apenas com uma dose de gin, isso não seria possível, ela foi drogada para assim não ter consentimento e lembranças do crime e do agressor, ficando totalmente vulnerável. As “drogas do estupro” podem ser fatais e algumas até mesmo não são conhecidas pela polícia, elas deixam as vítimas totalmente inconscientes e levam à perda de memória. Além do estupro de vulnerável, todas as roupas íntimas de Mariana ficaram sujas de sangue, porque ela era virgem até o estupro acontecer. O sonho de muitas garotas é ter esse momento com alguém especial, com alguém que amem de verdade e Mariana teve o seu momento roubado por um desconhecido, perdendo sua virgindade em um estupro. Mariana mandou diversas mensagens pedindo ajuda para as “amigas” que foram com ela até o local, mensagens essas que foram totalmente ignoradas. Afinal, quem é o estuprador de Mariana e por que a cara dele não está estampada nas principais manchetes de jornais? Através de provas testemunhais, periciais, confronto de material genético e contradições em depoimentos, a polícia civil indiciou o empresário André de Camargo Aranha por estupro de vulnerável. O autor do crime comprovado pelas autoridades atua no marketing futebolístico e obviamente negou o estupro, mesmo com confronto genético e diversas outras provas indicando o oposto. A justiça na íntegra ainda não foi feita e o criminoso continua sendo protegido, porque se tratam de pessoas poderosas envolvidas. O criminoso é amigo de diversos famosos, incluindo o filho do dono de uma das maiores redes de televisão brasileira. As autoridades empenhadas em proteger apenas o criminoso e o local do crime não deram auxílio algum à vítima, mesmo que ela estivesse chorando e sangrando muito. O local do crime se trata de um espaço reservado da casa, cujo acesso é totalmente restrito, inclusive, existem gravações na escadaria onde o criminoso leva a vítima já dopada ao local restrito. Podemos notar que ele segura a mão dela para que ela não caia As gravações são somente duas imagens gravadas de uma tela de computador e cortadas, que foram disponibilizadas e que constam no inquérito policial. As imagens das 37 câmeras do estabelecimento não foram entregues e somente depois de meses surgiu uma imagem da vítima saindo do local e indo para o beach club ao lado, por ter sido induzida pelos “amigos” na esperança de encontrá-los e obter ajuda. O questionamento que fica é: por que as imagens do estuprador, envolvidos e das áreas comuns não aparecem também? A polícia de fato constatou que a vítima não tinha discernimento para a prática do ato e estava totalmente vulnerável. O DNA de criminoso foi coletado nas roupas íntimas da vítima, existe o laudo médico comprovando que houve a conjunção carnal e rompimento do hímen entre outras diversas provas. Através do DNA e da saliva do criminoso, deixado em um copo de água, foi feito um lado e comprovado de fato que o sêmen era dele. Um mandado de prisão temporária foi decretado pela terceira Vara Criminal e derrubado pela primeira Câmara Criminal do Tribunal A vítima teve até mesmo que, diante tudo, provar que já trabalhava como modelo e influenciadora, já que a defesa do estuprador usou as fotos do Instagram da vítima, alegando que os “aspectos profundos de sua personalidade também devem ser ressaltados e analisados”. O criminoso quando deu seu depoimento à polícia confirmou que realmente era ele no vídeo da escadaria levando a vítima para um espaço reservado. Porém, se analisarmos bem o vídeo, dá para perceber que ele foi manipulado, o cabelo e outras coisas foram modificados. Ficam bem claras as modificações em alguns frames do vídeo e inclusive no horário. Se o vídeo teve cerca de 6 minutos realmente por que foi cortado ao meio e não é contínuo? A vítima foi induzida por suas “amigas” para ir ao clube beach ao lado com o intuito de que o crime fosse desqualificado. Sendo assim, elas encobertam todo o crime. Indignação A blogueira feminista e pedagoga Lola Aronovich usou o Twitter para demonstrar sua indignação. “Para mim, uma das coisas mais doloridas do caso Mariana Ferrer foi um laudo que uma médica legista fez, usando imagens de Mari para dizer que ela seria narcisista e exibicionista, porque postava fotos nas redes sociais. Qual jovem hoje não faz isso? E, mesmo que fosse, como isso justifica o estupro?”, questiona. "Tds nós esperamos q uma condenação do empresário q estuprou @marianaferrerw  faça com q ela recupere a alegria de viver. É a impunidade q faz doer ainda +. Mari era virgem qdo foi dopada e estuprada num beach club em dezembro 2018, e ela ñ foi a única. Justiça já! #maribferrer"