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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência nas eleições do ano passado, fez uma convocação, neste sábado (16), para que a população compareça às ruas na próxima sexta-feira (22) contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro que será analisada pelo Congresso Nacional.
A "grande mobilização nacional" foi organizada por movimentos sociais e entidades, como a Frente Brasil Popular (FPB) e a Frente Povo Sem Medo.
"Dia 22 é dia da nação brasileira ir às ruas para barrar as injustiças que são flagrantes contra as mulheres, os professores, os policiais, os trabalhadores em ambiente insalubre, contra as pessoas mais pobres, enquanto se conserva praticamente todos os privilégios intocados no Brasil", afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais.
A ideia dos movimentos sociais e entidades que organizam os protestos é, com a pressão popular, chegar a um novo modelo de reforma da Previdência que não retire direitos dos mais pobres.
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Em fevereiro, ao anunciar as marchas contra o projeto, o coordenador da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, afirmou que espera barrar a reforma de Bolsonaro assim como conseguiu, junto à população, barrar a de Michel Temer. “O Temer tentou aprovar uma reforma como essa em 2017 e nós barramos nas ruas com muita luta. É o que vamos fazer de novo agora”, disse.
Em São Paulo, onde é esperada uma das maiores manifestações contra a reforma, a concentração será às 17h no vão livre do Masp, na avenida Paulista.
Principais pontos do projeto de reforma da Previdência do governo
Aposentadoria rural – A idade mínima passa a ser de 60 anos para mulheres e homens. Hoje é de 55 e 60 anos, respectivamente. O tempo de contribuição mínimo sobe de 15 para 20 anos.
Professores – idade mínima de 60 anos para homens e mulheres com tempo de contribuição mínimo de 30 anos.
Idade mínima – homens deverão ter 65 anos e mulheres 62 anos para se aposentar.
Aposentadoria por tempo de contribuição – deixa de existir essa possibilidade, pois a idade mínima passará a ser exigida. Hoje, sem idade mínima, mulheres que contribuíram por 30 anos e homens que contribuíram por 35 anos podem se aposentar.
BPC – o Benefício de Prestação Continuada (BPC), renda mensal de um salário mínimo a idosos e deficientes em condições de miseralibidade, cai para R$ 400. Com a reforma o benefício poderá ser pago a partir dos 60 anos. Para ter acesso ao valor de um salário mínimo, o idoso deverá completar 70 anos.