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O jornal A Tribuna, com sede em Santos e circulação em boa parte do litoral de São Paulo, publicou artigo assinado pelo advogado Mario Mello Soares, nesta quinta-feira (7), no qual faz uma série de graves acusações a ex-vereadora Marielle Franco e ao ex-deputado federal Jean Wyllys, ambos do PSOL-RJ.
Em diversos trechos do artigo, o autor deixa claro seu ódio visceral pelas ideias de esquerda, “já superadas na maioria dos rincões de nosso planeta”.
No entanto, o advogado se excede na medida em que faz acusações injuriosas contra os dois ex-parlamentares do PSOL.
Sobre Jean, ele diz: “...reporta-se ao deputado Jean Wyllys, como se ele fosse uma vítima, quando, na verdade, está colhendo o que plantou com suas atitudes descabidas, desrespeitosas e atrevidas, achando que pode falar e fazer tudo o que lhe vem na cabeça para defender sua condição de gay e a bandeira dos LGBT, e de esquerdista desequilibrado e mal educado”.
Mais adiante, Mario Mello Soares nas acusações e ataca novamente Jean Wyllys, citando “os fatos recentes que estão sendo apurados pela Polícia Federal, do envolvimento do parlamentar no atentado sofrido pelo Presidente Bolsonaro, em especial, o depósito de R$ 50.000,00 na conta bancária do autor do atentado, em data próxima do citado episódio, bem como a frequência do tal Adélio em seu gabinete na Câmara, e outras situações que poderão brevemente ser comprovadas pela PF, o que colocaria o deputado em difícil situação que poderia resultar em sua prisão”.
O advogado ainda diz que: “essa é a real situação atual que envolve Jean Wyllys, e não a de vítima de ameaça de morte, não comprovada. Fugiu para não ser preso e processado”.
Marielle
Em seguida, Mario Mello Soares aponta suas baterias para a ex-vereadora Marielle Franco que foi assassinada num crime bárbaro e que levou à cadeia milicianos homenageados pelo senador e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro. “Quanto à ex-Vereadora Marielle, a apuração dos fatos que envolveram seu assassinato está levando à conclusão que seu envolvimento com o submundo do crime no Rio de Janeiro, que a elegeu, foi o responsável por sua morte, com provável participação de milícias cariocas no acontecimento, e não por ser defensora dos pobres e dos negros”.
PSOL
A Fórum tentou contato com a direção nacional do PSOL, para apurar se o partido pretende tomar alguma medida judicial contra o autor do artigo ou o veículo que o publicou. Até o fechamento desta matéria, não havia obtido retorno.
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