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Os trabalhadores atuavam em bares e lanchonetes e, de acordo com ministério, exerciam jornadas de trabalho sem controle efetivo de duração e recebiam alimentação inadequada, como sanduíches e salgadinhos
Por Victor Labaki
Auditores fiscais do Ministério do Trabalho flagraram cerca de 3,5 mil funcionários em situação irregular trabalhando nas instalações olímpicas, no Rio de Janeiro. Em nota, o ministério disse que as empresas responsáveis foram convocadas para prestar esclarecimentos em reuniões e assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), e devem receber autos de infração.
Os trabalhadores atuavam em bares e lanchonetes e, de acordo com ministério, exerciam jornadas de trabalho sem controle efetivo de duração e recebiam alimentação inadequada, como sanduíches e salgadinhos. "Em algumas instalações, os trabalhadores atuavam sem assentos para descanso e em quiosques sem cobertura. Na hora do almoço, tinham que sentar no chão no horário das refeições.", descreve a nota.
As recomendações também foram encaminhadas ao Comitê Rio 2016. De acordo com uma reportagem publicada pelo portal UOL na terça-feira (9), os funcionários eram terceirizados e chegavam a trabalhar até 12 horas por dia.
" De maneira geral, nutricionistas, atendentes, coordenadores, caixas e estoquistas mostraram insatisfação. As reclamações variam do cardápio de fast food a turnos muito longos, maiores do que os acordados no momento da contratação", escreveu o jornalista Adriano Wilkson.
Uma das empresas autuada na fiscalização é a Dica do Chef, responsável pela alimentação dos torcedores no Parque Olímpico. A empresa admitiu ter dado apenas fast food a seus empregados, mas negou que eles estejam sobrecarregados.
Foto de Capa: Agência Brasil