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DIREITOS
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Não se pode admitir, num Estado Democrático de Direito, que direitos e garantias fundamentais sejam reiteradamente violados como se estivéssemos num estado de exceção permanente
Por André Luiz Cosme Ladeia*
Não é novidade que o país vivencia um de seus momentos políticos mais instáveis desde a redemocratização.
Há um crescente – e perigoso – sentimento de ódio, travestido de segregação, no âmbito dos mais variados movimentos sociais.
A intolerância é tamanha que beira o fanatismo.
Há uma clara divisão político-ideológica camuflada por interesses empresariais escusos.
As instituições são, constantemente, colocadas em xeque devido aos espetáculos midiáticos espúrios.
E a leviana oposição, insatisfeita com o seu bem-sucedido plano de desgovernabilidade nacional, regozija-se ainda mais em incitar o caos e a desordem urbana.
Barão de Itararé dizia que “o feio da eleição é se perder”. Perder faz parte da disputa democrática. Feio é insuflar o ódio e apoiar situações de instabilidade política, que só tendem a causar prejuízos econômicos e confrontos sociais.
Não se pode admitir, num Estado Democrático de Direito, que direitos e garantias fundamentais sejam reiteradamente violados como se estivéssemos num estado de exceção permanente. As garantias existem e as regras do jogo precisam ser respeitadas.
No Brasil, não basta investigar e processar os indiciados; é preciso, antes disso, execrá-los em praça pública.
* André Luiz Cosme Ladeia, 32, é poeta e procurador municipal