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Luciana Velloso, de 33 anos, foi atingida com uma pedra quando caminhava pela calçada. Já Paula Zahra, de 34, contou que um passageiro de ônibus colocou a cabeça para fora da janela e passou a xingá-la e cuspir nela. “Meu filho não pode ir à escola porque me chamam de mulher-bomba”, lamentou
Por Redação*
Em uma coletiva de imprensa realizada ontem (23) na Mesquita Imam Ali Ibn Abi Tálib, em Curitiba, duas mulheres informaram ter sido vítimas de agressão na semana passada por serem muçulmanas. Luciana Velloso, de 33 anos, foi atingida com uma pedra quando caminhava pela calçada. Já Paula Zahra, de 34, contou que um passageiro de ônibus colocou a cabeça para fora da janela e passou a xingá-la e cuspir nela.
As duas disseram que os casos de islamofobia aumentaram após os atentados em Paris, no dia 13 de novembro. “Vou ter que tirar o meu véu para poder andar na rua? Meu filho não pode ir à escola porque me chamam de mulher-bomba”, protestou Paula. Ela conta que o menino precisa deixar de frequentar as aulas quando acontecem atentados ao redor do mundo porque seus colegas confundem os radicais terroristas com muçulmanos.
Segundo o porta-voz da Sociedade Beneficente Muçulmana, Omar Nasser Filho, a discriminação contra mulheres é mais frequente porque elas são facilmente identificáveis. O fato ocorrido na última semana será levado para a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e para o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Consepir). Elas também serão encaminhadas para o registro de um boletim de ocorrência devido às agressões.
* Com informações da Gazeta do Povo