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Transeuntes chamaram a atenção dos policiais, mas os PMs ignoraram; caso está sendo investigado
Por Redação
Na manhã deste sábado (15) um viatura do 9º BPM (Rocha Miranda) foi flagrada descendo a Estrada Intendente Magalhães, no sentido Marechal Hermes, zona norte do Rio de Janeiro, com o corpo de uma mulher pendurado no para-choque do veículo. A vítima era Cláudia da Silva Ferreira, 38, auxiliar de limpeza.
De acordo com testemunhas ouvida pelo Jornal Extra, o corpo ficava batendo contra o asfalto e nos veículos que o ultrapassavam. As testemunhas garantiram que os policiais foram alertados, mas não pararam.
De acordo com a PM, Claudia Ferreira, foi baleada durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes do Morro da Congonha, em Madureira. Os policiais, em depoimento, disseram que Claudia foi socorrida com vida e levada para o Hospital Carlos Chagas, porém, não resistiu. A Secretaria Estadual de Saúde desmente a versão da PM e afirmaa que Claudia chegou morta no hospital.
A irmã de Claudia, Jussara Ferreira, 39, ficou revoltada quando viu as imagens e declarou que os “PMs precisam pagar pelo que fizeram” e também criticou a Polícia Militar por achar que todo mundo que mora na “comunidade é bandido”. O primo de Claudia declarou que quando viu o corpo dela estranhou, pois, estava todo em carne-viva. “Desconfiamos de que tinha acontecido algo no trajeto até o hospital”, declarou Diego.
A filha de Claudia, Thaís Silva, 18, foi a primeira encontrá-la morta e ficou revoltada com o que viu. “Eles arrastaram a minha mãe como se fosse um saco e a jogaram para dentro do camburão como um animal”, criticou Thaís.
Claudia era conhecida como “Cacau” no morro, era mãe de quatro filhos e trabalhava como auxiliar de serviços gerais no Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins. A vítima completaria 20 anos de casada em setembro próximo.
A assessoria de imprensa da PM declarou que os policiais do 9º BPM trocaram tiros na operação do Morro da Congonha e um suspeito foi baleado. A nota da assessoria também informa que a vitima foi encontrada na Rua Joana Resende, ponto mais alto da comunidade e que foi levada ao Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu.
O caso está sendo investigado pela 29ª DP (Madureira). Os fuzis utilizados pelos policiais estão na perícia. Os moradores, indignados com o ocorrido, fizeram protestos e chegaram a fechar a Avenida Edgar Romero.