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Ajudante de pedreiro, que é epilético, teria morrido após tomar choques elétricos em contêiner da UPP da Rocinha
Por Igor Carvalho
[caption id="attachment_32229" align="alignleft" width="300"] Inquérito responde pergunta repetida por mais de dois meses no Brasil (Foto: Reprodução)[/caption]
A pergunta feita no Brasil, desde o dia 14 de julho, "Onde está o Amarildo?", foi respondida pela Delegacia de Homicídios (DH) nesta quarta-feira (02). Após conclusão do inquérito, entregue ao Ministério Público, que investigava a morte de Amarildo de Souza, a DH indiciou dez policiais militares por tortura seguida de morte e ocultação do cadáver. O major Edson Santos, que está entre os acusados, e seus comandados torturaram o ajudante de pedreiro para que ele revelasse onde armas e drogas estavam escondidas.
As sessões de tortura ocorreram dentro do contêiner da UPP da Rocinha. Amarildo foi submetido a choques elétricos e asfixiado com sacos de lixo na cabeça. O ajudante de pedreiro, que é epilético, não teria resistido aos choques e morreu no local. Outros três moradores da comunidade alegam que foram submetidos às mesmas práticas no mesmo local.
Santos é formado pelo Bope e à época comandava a UPP da Rocinha, porém foi afastado após moradores da comunidade demonstrarem publicamente insatisfação com a atuação do major.
Todos os policiais indiciados seguem negando envolvimento com o desaparecimento de Amarildo, que ocorreu no dia 14 de julho.