O nosso trabalho de luto é incompleto e precário, pois falta-lhe o essencial: o reconhecimento institucional, na pólis, do evento acontecido, e a responsabilização de seus agentes.
Por Idelber Avelar
Convocada pela jornalista Niara de Oliveira, reúne-se a partir de ontem até o dia 02 de abril, em vários blogs, a 5ª Blogagem Coletiva #DesarquivandoBR, um esforço de cobrança, reflexão e ativismo sobre os rumos da nossa memória como país. Nos termos da convocação: O objetivo dessa blogagem continua sendo a abertura dos arquivos secretos da ditadura militar, a investigação dos crimes e violações de direitos humanos cometidos pelo Estado brasileiro contra cidadãos, a localização dos corpos e restos mortais dos desaparecidos políticos, e a revisão da Lei da Anistia para que se possa processar e punir criminalmente os torturadores, além de responsabilizar o próprio Estado pelos crimes de tortura, assassinato e desaparecimento forçado no período entre 1964 e 1979. Chamo a atenção especialmente para as vinte e seis impressionantes postagens de Pádua Fernandes, que vão desde a crítica literária até o trabalho de arquivo, passando pela teoria do Direito.
Contribuirei escrevendo um pouco sobre um tema relacionado, e ao qual eu dediquei um livro: o luto pelos mortos.
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