Tive a oportunidade, nesse feriado de Corpus Christi, de visitar a querida Argentina e sua capital, Buenos Aires, ocasião em que pude testemunhar políticas públicas voltadas para a geração de empregos, a assistência social e a promoção de oportunidades para os jovens, três temas em que milito há muitos anos como cientista político e dirigente partidário. Particularmente, venho atuando desde o início do ano, quando assumi o posto de secretário municipal de Trabalho e Renda do Rio, em prol da pauta dos empregos verdes. Em fevereiro, no México, me encontrei com a deputada Tânia Larions, e ali idealizamos metas para a promoção da agenda da sustentabilidade no mundo do trabalho ao longo desse ano, e também a longo prazo.
Entre os encontros que realizei em minha agenda pela capital portenha, destaco a reunião com o ex-presidente argentino Eduardo Duhalde (2002-2003). Almoçamos juntos, dando continuidade à minha articulação internacional para o Rio de Janeiro se transformar na capital dos empregos verdes. Como dois sindicalistas, temos uma agenda em comum, a defesa dos excluídos. O ex-presidente Duhalde elogiou nossa iniciativa na Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio de levar o Programa Trabalha Rio às Cozinhas Comunitárias para aumentarmos as chances de empregabilidade dos excluídos e também o Prato Feito Carioca ter servido mais de 1 milhão de refeições a trabalhadores informais em apenas um ano.
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Também tive a grande oportunidade de acompanhar de perto o papel da subsecretaria de Trabalho, Indústria e Comércio de Buenos Aires, capitaneada por Sergio Scappini. Nesse segundo encontro, apresentei o Trabalha Rio, projeto itinerante que oferece cadastro para vagas em empregos por todo o Rio. Da parte de Scappini, a apresentação do programa que Buenos Aires adotou para a promoção do primeiro emprego para os jovens. Lá, as empresas que admitem jovens em primeiro emprego têm parcela do salário paga pelo Estado, com estabilidade de um ano para o jovem como funcionário da empresa.
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Fazer política com qualidade é pensar nos direitos universais, como saúde, educação e segurança, sem descuidar do compromisso com os mais vulneráveis e com a preservação da natureza. Discordo daqueles que afirmam que é preciso comprar um “combo de ideias” em tempos de polarização. Sou trabalhista, tenho compromisso programático, mas me mantenho atento às transformações do mundo atual. O olhar para o bem-estar social com os olhos voltados para o futuro, para a inclusão de jovens em um mundo ambientalmente mais saudável, me encanta. É preciso valorizar iniciativas bem-sucedidas de nossos irmãos na América do Sul, sem deixar de compreendê-las à luz da realidade brasileira. Volto da passagem pela Argentina ainda mais compromissado com a ação social.