COMBUSTÍVEIS

Hipocrisia: refinarias privadas recorrem ao Estado para barrar “livre concorrência”

O mercado privado de petróleo não tem pudor algum quando o assunto é abocanhar os altos lucros do ouro negro.

Créditos: Juarez Cavalcanti/Agência Petrobras
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A privatização da Petrobrás foi um crime lesa pátria. Uma jogada bem articulada por poucos bilionários nacionais e internacionais para tomar posse de ativos importantes e altamente lucrativos que pertencem ao povo brasileiro.

Para justificar a venda da nossa estatal de petróleo lançaram mão de diversas farsas e muitas mentiras. A começar pela Lava Jato, já desmascarada, e que envergonha a todo país.

Mas não foi só Moro e cia que enganou a sociedade. Outra mentira que o tempo desmascara a cada dia que passa é que os preços dos combustíveis iriam baixar.

Para isso, as vozes do mercado defendiam a privatização da Petrobrás a todo custo: tanto para aumentar a competitividade, proporcionando a livre formação de preços, quanto para melhorar a eficiência dos processos, tirando o Estado “pesado” da jogada.

Pois a mentira, de tão deslavada, foi desmascarada em poucos anos. Vejam que o preço das refinarias privadas não baixou, pelo contrário, aumentou. Não existe liberdade nem mesmo para competir quando se mexe no lucro de poucos bilionários.

E mais, as refinarias privadas estão reclamando no CADE, órgão estatal, que a Petrobrás, sua concorrente também estatal, está usando sua eficiência para praticar preços de combustíveis mais acessíveis.

Quer dizer, o Estado não presta, exceto o CADE e a burocracia alinhada aos bilionários. E a Petrobrás, que estava quebrada e não era eficiente, não pode trabalhar pois vai diminuir o preço dos combustíveis.

O mercado privado de petróleo não tem pudor algum quando o assunto é abocanhar os altos lucros do ouro negro. Nem mesmo a alta inflação recente, que castigou toda população e estava ligada aos preços do petróleo, é capaz de sensibilizar esses sanguessugas.

É preciso pôr um fim a essas mentiras como: “competição para baixar preço” e “Estado ineficiente”. Elas só encobrem o privilégio de bilionários que querem acumular riqueza ao custo da exploração do povo.