Adjetivos gentílicos (ou pátrios) indicam a origem de alguém (seja um país, estado, cidade ou região geográfica). Eles costumam ser formados por derivação sufixal, processo que acrescenta sufixos aos nomes dos lugares de origem.
"Brasil" vira "brasileiro", por exemplo.
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Alguns deles, no entanto, podem ser adaptados e formar outros radicais. Por exemplo: "São Luís" é a cidade dos ludovicenses, termo que deriva do latim Ludovicus, a forma para o nome "Luís", surgida no século XIX.
A mesma coisa acontece para quem é de Salvador, que, ao invés de "salvadorense" (versão que também existe, mas é muito menos usada), pode tornar-se soteropolitano, palavra formada por soter e polis, uma helenização (versão grega) da denominação: as póleis vêm do período clássico da Grécia Antiga, em que a "pólis" era sua cidade-Estado.
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Esses são casos mais raros de formação de gentílicos, os chamados cultismos, isto é, derivações eruditas, formadas de maneira relativamente artificial, por convenções da língua culta.
No caso dos adjetivos gentílicos de estados brasileiros, só há alguns casos em que convenções linguísticas não formam palavras por derivação sufixal.
Mas as cidades, que foram nomeadas pelos motivos mais diversos, costumam dar origem a adjetivos muito curiosos. Um município no interior do Rio Grande do Sul chamado "Arroio dos Ratos", por exemplo, gerou os ratenses.
Confira, abaixo, uma lista dos gentílicos mais inusitados do Brasil:
Tricordiano
Para Três Corações (MG), do latim tri (três) e cordis (coração).
Patense
Quem nasce em Patos de Minas, no interior de Minas Gerais.
Potiguar
Para Rio Grande do Norte, nome de um povo indígena que habitava a região.
Fluminense
Para Rio de Janeiro (estado), do latim flumen (rio), porque acreditavam que a Baía da Guanabara era um grande rio.
Carioca
Para Rio de Janeiro (cidade), de origem incerta, possivelmente indígena.
Paugrandense
Quem vem do município de Pau Grande, na Serra dos Órgãos, estado do Rio de Janeiro. Terra natal do jogador Garrincha.
Antagordense
Natural do município de Anta Gorda, no interior do Rio Grande do Sul.
Passa-fiquense
Quem vem do município de Passa e Fica, no Rio Grande do Norte, a 107 km de Natal.
Natalense
Aliás, natalense é quem vem de Natal, a capital do Rio Grande do Norte.
Florianopolitano
(Ou barriga-verde): natural de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina.
Aparecidense
Quem vem de Aparecida, município paulista do Vale do Paraíba.
Xexeuense
Quem vem de Xexéu, em Pernambuco.
Massapeense
Natural de Massapê do Piauí.
Pau-ferrense
Pau dos Ferros é um município no Rio Grande do Norte.
Choroense
Não é quem faz choro; é o habitante de Choró, no Ceará.
Itapipoquense
Quem vem de Itapipoca, no Ceará.
Nobreense
Quem vem do município mato-grossense de Nobres.
Coxinense
Natural de Coxim, no Mato Grosso do Sul.