TURISMO

Os 10 países com mais estrelas Michelin em 2025

O guia criado para incentivar o turismo e aquecer o mercado automobilístico se tornou a maior referência de qualidade gastronômica do mundo; confira as nações mais premiadas

Empratamento.Créditos: Unsplash
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O prestigioso Guia Michelin, fundado pelo industrial André Michelin, um fabricante de pneus, em 1900, na França, a fim de incentivar o turismo e aquecer o mercado automobilístico, transformou-se na maior referência de qualidade gastronômica do mundo para a crítica especializada.

O guia premia restaurantes entre 1 e 3 estrelas, de acordo com a qualidade e originalidade de sua cozinha.

"Temos em consideração cinco critérios universais: a qualidade dos ingredientes, a harmonia dos sabores, o domínio das técnicas, a personalidade do chefe expressa através da confeção e, não menos importante, a regularidade em todo o menu e ao longo do tempo", explica o guia.

Um levantamento da revista Forbes reuniu os 10 países que concentram o maior número de estrelas Michelin do mundo em 2025. Confira a lista:

1. França

boeuf bourguignon.
Créditos: Wikimedia commons

Berço da alta gastronomia (e do Guia Michelin), a França continua sendo o país com mais restaurantes estrelados do mundo: são 639 estabelecimentos premiados.

Conhecida por sua sofisticação culinária, a cozinha francesa valoriza técnicas refinadas, ingredientes sazonais e apresentações impecáveis. Pratos como o boeuf bourguignon, o foie gras e os incontáveis tipos de queijos e vinhos ajudam a explicar a liderança.

Além disso, a França também abriga o maior número de restaurantes com três estrelas (31 no total).

2. Japão

Ramen.
Créditos: Wikimedia commons

O Japão ocupa o segundo lugar na lista, com 387 restaurantes estrelados, combinando tradição milenar e precisão moderna. A culinária japonesa é baseada na simplicidade e no respeito ao ingrediente, e pratos como sushi, sashimi, kaiseki e ramen representam diferentes regiões e estilos gastronômicos.

Tóquio já foi, inclusive, a cidade com mais estrelas Michelin no mundo. A reverência cultural à comida, somada à estética minimalista, fazem do país um dos destinos mais celebrados da gastronomia mundial.

3. Itália

Macarrão à bolonhesa.
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Com 385 restaurantes estrelados, a Itália aparece logo atrás do Japão.

Sua cozinha, conhecida pela diversidade regional, valoriza ingredientes frescos e sabores robustos. Do risotto alla milanese ao ossobuco, passando pelas massas artesanais e pelos azeites extravirgens, o país é um símbolo da comida afetiva, mas também da alta gastronomia. A fusão entre tradição e inovação em cidades como Milão, Roma e Florença eleva a culinária italiana a um patamar de excelência reconhecido internacionalmente.

4. Alemanha

Culinária alemã.
Créditos: Unsplash

A Alemanha soma 336 restaurantes com estrelas Michelin, e sua ascensão gastronômica tem surpreendido críticos.

Conhecida por pratos tradicionais como schnitzel, chucrute e bratwurst, o país reinventou sua identidade culinária ao incorporar técnicas modernas e ingredientes locais de alta qualidade. A chamada "Nova Cozinha Alemã" trouxe leveza e sofisticação à mesa, com chefs como Joachim Wissler e Kevin Fehling liderando essa transformação.

5. Espanha

Paeja 
Créditos: Unsplash

Com 268 restaurantes estrelados, a Espanha é um polo da cozinha criativa. A culinária espanhola mistura rusticidade e inovação, como se vê no uso de azeites, frutos do mar, presunto ibérico e especiarias. Regiões como a Catalunha e o País Basco são celeiros de restaurantes premiados, entre eles antigos templos da gastronomia molecular, como o El Bulli. 

6. Estados Unidos

Empratamento.
Créditos: Unsplash

Os Estados Unidos aparecem com 234 restaurantes estrelados, resultado da diversidade cultural e da consolidação de cidades como Nova York, São Francisco, Chicago e Los Angeles como centros de inovação gastronômica. A culinária norte-americana contemporânea mistura influências globais, do soul food ao fine dining asiático, e valoriza a criatividade dos chefs. Pratos regionais como gumbo, barbecue, lobster roll e releituras de clássicos franceses e italianos fazem parte do repertório premiado.

7. Reino Unido

Fish and chips.
Créditos: Unsplash

O Reino Unido contabiliza 187 restaurantes estrelados, e sua gastronomia passou por um renascimento nas últimas décadas. Londres é o epicentro dessa transformação, com chefs como Gordon Ramsay e Heston Blumenthal à frente. A culinária britânica, historicamente marcada por pratos como fish and chips e roast beef, ganhou contornos refinados ao incorporar ingredientes locais, técnicas francesas e influência da culinária indiana, caribenha e do Oriente Médio.

8. Bélgica

Moles-frites.
Créditos: Unsplash

Com 141 restaurantes estrelados, a Bélgica une técnica francesa e sabores intensos em sua cozinha. Conhecida por suas cervejas artesanais, chocolates e pratos como moules-frites (mexilhões com batata frita), o país valoriza tanto a tradição quanto a ousadia.

As cidades de Bruxelas, Bruges e Antuérpia concentram os principais restaurantes premiados, onde ingredientes locais e sazonais, como endívias, cogumelos e frutos do mar, são usados com maestria.

9. Suíça

Fondue.
Créditos: Unsplash

A Suíça conta com 132 restaurantes estrelados, um número impressionante considerando seu tamanho territorial. O país oferece uma culinária de alta altitude, com forte influência francesa, italiana e alemã. Pratos típicos como fondue, raclette e rosti dividem espaço com menus contemporâneos que exploram ingredientes alpinos e técnicas de ponta. Zurique, Genebra e Lausanne abrigam alguns dos mais premiados chefs do país.

10. China

Pato laqueado em Pequim.
Créditos: Wikipedia commons

Fechando o top 10, a China tem 124 restaurantes estrelados, número que cresce a cada nova edição do guia. A culinária chinesa é vasta e regionalmente diversa, com estilos como cantonesa, sichuanesa, shanghainesa e pekinesa.

Ingredientes como tofu fermentado, pato laqueado, dim sum e pimentas ardidas são marcas registradas. Hong Kong e Macau concentram a maior parte dos restaurantes premiados, muitos dos quais unem tradição milenar a técnicas ocidentais contemporâneas.

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