CRISE

Karla Gascón, atriz que atacou Fernanda Torres, pede desculpas

A artista se tornou um dos principais assuntos em Hollywood após ter tuítes racistas revelados

Karla Gascón, atriz que atacou Fernanda Torres, pede desculpas.Créditos: Reprodução redes sociais
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A atriz Karla Gascón, que protagoniza o filme "Emília Pérez" e que se tornou um dos principais assuntos de Hollywood após ter tuítes racistas revelados, usou as redes sociais para pedir desculpas.

Cabe lembrar que a atriz Karla Gascón, antes de ter os tuítes racistas revelados, atacou a atriz Fernanda Torres e a equipe envolvida no filme "Ainda Estou Aqui". Segundo Gascón, as pessoas envolvidas na equipe brasileira estavam promovendo ódio contra ela nas redes.

Após ser pressionada pela imprensa, Karla Gascón voltou atrás e afirmou que foi mal interpretada e que não estava se referindo às pessoas envolvidas diretamente na produção de "Ainda Estou Aqui", mas sim aos internautas brasileiros.

Porém, nesse ínterim, uma série de tuítes de Karla Gascón de cunho racista, xenofóbico e negacionista foram descobertos e resultaram naquilo que está sendo chamado em Hollywood de "escândalo Emília Pérez", pois a Academia tem por objetivo fazer da edição do Oscar 2025 "uma resposta a Trump"... mas como fazer isso e premiar um filme que possui pessoas em sua equipe que comungam da mesma ideia?

Diante desse cenário, Karla Gascón usou o Instagram para pedir desculpas pelos tuítes antigos e para afirmar que "não é racista".

"A primeira coisa que gostaria de fazer é pedir minhas mais sinceras desculpas a todos aqueles que possam ter se sentido mal com a minha forma de me expressar em qualquer fase da minha vida. Tenho muito a aprender neste mundo; a maneira como me expresso é meu principal defeito. A vida me ensinou algo que eu nunca quis aprender: está claro para mim que, por mais que sua mensagem seja uma, se você não usar as palavras corretas, ela se torna outra", inicia Karla Gascón.

A atriz continua: "Passei de uma vida normal para estar no topo da minha profissão em apenas seis meses. Agora minha responsabilidade é muito grande, pois minha voz não pertence apenas a mim, mas também a muitas pessoas que se sentem representadas e esperançosas comigo. Me agarrei ao budismo de Nichiren para mudar minha vida e a das pessoas ao meu redor para melhor, e acredito que assim foi. Não posso reparar meus atos do passado, só posso dizer que hoje não sou a mesma pessoa que há 10 ou 20 anos."

Em outro momento, Karla Gascón afirma que não é racista: "Mesmo que nunca tenha cometido nenhum crime, também não era perfeita, e nem sou agora. Apenas tento aprender e ser uma pessoa melhor a cada dia. Reconheço, entre lágrimas, que eles já venceram. Conseguiram seu objetivo: manchar minha existência com mentiras ou coisas tiradas de contexto. Qualquer pessoa que me conheça sabe que não sou racista (vão se surpreender ao descobrir que uma das pessoas mais importantes da minha vida atualmente, e que mais amo, é muçulmana) nem nenhuma das outras coisas pelas quais fui julgada e condenada sem direito a um julgamento ou a explicação da minha verdadeira intenção."

Ao concluir o seu texto, Gascón afirma que sempre lutou por uma "sociedade justa": "Sempre lutei por uma sociedade mais justa e por um mundo de liberdade, paz e amor. Jamais apoiarei guerras, extremismo religioso ou a opressão de raças e povos. Criaram postagens como se fosse eu insultando até minhas colegas, pegaram coisas que escrevi para enaltecer e transformaram em críticas, fizeram piadas parecerem realidade, palavras sem o contexto parecerem ódio. Tudo para que eu não ganhe nada e para que eu afunde. Minha mãe me disse ontem algo lindo: 'Pouco me importa se você ganha algo ou não, só quero que você esteja bem e que não te machuquem'."

 

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