O governo de Donald Trump baniu o livro "Morango Sardento", escrito pela atriz Julianne Moore, das bibliotecas e salas de aula das "DoD Schools", instituições de ensino públicas mantidas pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e destinadas aos filhos de militares.
Ao tomar conhecimento do banimento de seu livro, Julianne Moore reagiu e afirmou estar em "choque". "É um grande choque para mim saber que meu primeiro livro, 'Morango Sardento', foi banido pela administração Trump das escolas administradas pelo Departamento de Defesa", disse Moore.
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"Morango Sardento é uma história semiautobiográfica sobre uma menina de sete anos que não gosta de suas sardas, mas que, eventualmente, aprende a aceitá-las ao perceber que é diferente, 'como todo mundo'", explicou Julianne Moore.
Em seguida, a atriz criticou a censura ao seu livro, afirmando que ela vai de encontro à liberdade de expressão. "Não posso deixar de me perguntar o que há de tão controverso neste livro ilustrado que o fez ser banido pelo governo dos EUA. Estou realmente triste e nunca pensei que veria isso em um país onde a liberdade de expressão é um direito constitucional", questionou.
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Mas há outro fato em torno do livro Morango Sardento que o torna ainda mais interessante: a primeira edição da obra chegou ao Brasil em 2010, publicada pela extinta editora Cosac Naify, com tradução de Fernanda Torres e texto de quarta capa de Debora Bloch.
Atualmente, a edição de "Morango Sardento" publicada pela Cosac Naify tornou-se peça de colecionador e pode ser encontrada em alguns sebos, com preços que variam entre R$ 150 e R$ 300.
Por fim, é um tanto inusitado que o livro Morango Sardento, agora censurado nos EUA, tenha sido traduzido por Fernanda Torres, que se tornou um fenômeno nos Estados Unidos por causa de seu protagonismo em Ainda Estou Aqui, como Eunice Paiva, personagem que luta contra a ditadura e a censura até o fim de sua vida.