Faleceu nesta quinta-feira (16) o icônico cineasta David Lynch, aos 78 anos. Lynch ficou mundialmente conhecido por sua abordagem surrealista, com tramas ambientadas no dia a dia ordinário. A causa da morte não foi revelada, mas, em 2024, o diretor revelou ter sido diagnosticado com enfisema pulmonar.
Na página oficial de David Lynch no Facebook, a família publicou uma nota de pesar:
"É com profundo pesar que nós, sua família, comunicamos o falecimento do homem e do artista, David Lynch. Gostaríamos de alguma privacidade neste momento. Há um grande buraco no mundo agora que ele já não está entre nós. Mas, como ele diria, 'Fique de olho no donut e não no buraco.' Está um dia lindo com sol dourado e céu azul em todo o caminho."
David Lynch teve sua obra cinematográfica reconhecida logo no início de sua carreira com o cultuado Eraserhead (1979). No ano seguinte, lançou O Homem Elefante (1980), que também se tornou um marco no cinema.
Entre seus trabalhos mais notáveis, destaca-se sua adaptação de Duna (1984), clássico da ficção científica escrito por Frank Herbert. Dois anos depois, lançou o icônico Veludo Azul (1986).
Em 1990, David Lynch escreveu e dirigiu a série Twin Peaks (1990/91), que se tornou um fenômeno mundial e é cultuada até hoje no universo pop. Também deixou sua marca com os clássicos A Estrada Perdida (1997), Cidade dos Sonhos (2001) e Império dos Sonhos (2006).
Além de seu legado cinematográfico, Lynch era praticante da meditação e esteve no Brasil em 2008 para lançar seu livro Em Águas Profundas - Criatividade e Meditação.
"Um artista não precisa sofrer para mostrar sofrimento, ele só tem que entender o sofrimento. A intuição é o principal instrumento de um artista. Sou uma pessoa feliz por dentro, mas minhas histórias refletem o mundo real, e vivemos num mundo negativo", declarou David Lynch, em 2008, ao G1.
Quando esteve no Brasil, David Lynch concedeu uma entrevista para o "Roda Viva", na TV Cultura. Confira no vídeo abaixo:
