A revista estadunidense Variety publicou uma matéria nesta quarta-feira (15) com a atriz Fernanda Torres como protagonista. É a mesma publicação que colocou entre suas previsões para o Globo de Ouro o triunfo da brasileira na categoria melhor atriz em filme de drama.
O texto, assinado por Clayton Davis, destaca que este é um "momento importante para a atriz cujo imenso talento Hollywood está apenas começando a descobrir", segundo ele. "Mas para o povo do Brasil, Torres tem sido um nome familiar — celebrada por sua inteligência, performances destemidas e devoção em defender histórias brasileiras em um palco global. Em seu país natal, Torres é mais do que apenas uma atriz — ela é um tesouro nacional", aponta.
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Para Davis, a aclamação pela performance de Fernanda Torres por sua atuação no filme Ainda Estou Aqui, do diretor Walter Salles, é "bem merecida". Ele lembra o fato de o filme ter estreado no Festival de Cinema de Veneza "com uma ovação de pé de 10 minutos", apontando ser um dos "melhores do ano".
“Estou por aí há décadas”, diz a atriz à publicação. “No Brasil, eles me conhecem bem. Aqui, as pessoas estão finalmente se atualizando. Antes tarde do que nunca, certo?”
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A "máquina brasileira" das redes sociais
A matéria ainda ressalta que a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro foi encarada por ela não como uma vitória pessoal, mas um momento de orgulho nacional para o Brasil.
“Uma mulher no noticiário nacional disse: 'Quando ela ganhou, eu senti como se tivesse ganhado'”, diz Fernanda à Variety. “Foi um reconhecimento não só meu, mas do Brasil. Primeiro, minha mãe [a atriz indicada ao Oscar Fernanda Montenegro] com 'Central do Brasil', e agora eu? É um prêmio patriótico. Ele mostra ao mundo o talento do nosso país.”
Como não poderia deixar de ser, a matéria fala também da presença do país nas redes sociais e seu engajamento em favor da atriz, pontuando que são "mais de 200 milhões de brasileiros a apoiando apaixonadamente".
“O Brasil é uma máquina de poder na internet”, conta Fernanda. “Somos usuários pesados, pesados. Dez anos atrás, eu não queria estar online. Eu não queria vender minha vida privada. Mas meu agente disse que era importante para meu trabalho no teatro, então construímos minha presença na internet em torno disso. Agora, depois do Globo de Ouro, ela disparou. É surreal.”
A íntegra da matéria está aqui.
