PITBULLS

Roseana Murray transforma ataque de pitbulls no livro 'O Braço Mágico’

Escritora que perdeu o braço ao ser atacada por três pitbulls em Saquarema atraiu grande público durante lançamento

Roseane Murray é aplaudida por funcionários ao ter alta.Créditos: Reprodução de Vídeo
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A escritora Roseana Murray acaba de lançar 'O Braço Mágico’, um livro de poesias baseado no ataque sofrido por três cães da raça pitbull enquanto passeava em Saquarema (RJ), cidade em que mora.

No ataque, a escritora teve o braço direito e o ouvido amputados. O lançamento levou um grande público no último sábado (10), para a Janela Livraria do Shopping da Gávea, no Rio.

Na ocasião, ela contou ao jornal O Globo:

“Quando oferecemos amor de coração aberto, ele cresce e se expande até se transformar em algo imenso que se espalha pelo universo. Acredito que sempre encontramos uma forma de viver, mesmo diante das maiores adversidades.”

Segundo Murray, o braço amputado ainda causa dor, com espasmos e agulhadas, como se fosse uma dor fantasma. A fisioterapia é uma prática semanal, além das aulas de italiano e francês.

Ela disse que teve a ideia do livro quando ainda estava no CTI do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo. “Então, eu tive essa ideia, escrever uma história para crianças em que o braço perdido se tornasse um braço mágico. E os meus netos seriam meus cúmplices”, conta ela, que dedica o livro à equipe do HEAT que a atendeu.

Segundo Murray, o atendimento recebido em uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) mudou seu pensamento em relação à saúde pública no país e no estado. “Fiquei impactada com a maravilha que é esse hospital em organização, em eficiência, em afeto”, afirma.

Capa do livro O Braço Mágico/Divulgação

Carinho das pessoas

A escritora, que já tinha cerca de 100 livros infantis publicados, viu sua popularidade explodir com o ataque.

"Recebo muitas visitas em casa, as pessoas me reconhecem na rua e enviam flores. Muitas pessoas foram como anjos em minha vida. Havia uma criança que vinha quase todos os dias com a mãe e esperava do outro lado da rua para me ver. Um dia nos encontramos e ela simplesmente me abraçou", contou ela.