A banda de rock californiana Deftones, que segundo o jornalista José Norberto Flesch estaria de malas prontas para vir ao Brasil no final do ano, já frustra os fãs antes mesmo da turnê ser oficialmente confirmada.
Flesch é conhecido por antecipar a vinda de artistas internacionais e revelou a provável turnê em março aos meios de comunicação especializados no tema. Se confirmada, a banda terá uma baixa: a do guitarrista Stephen Carpenter, que por uma bravata negacionista tem ficado de fora das turnês internacionais do Deftones desde 2022. Ele costuma ser substituído por Lance Jackman ou Shaun Lopez nessas ocasiões.
Te podría interesar
Em entrevista dada na última segunda-feira (22) ao podcast Rock Feed, baseado nos EUA, Carpenter revelou a razão da sua recusa. Disse ter gatilhos e ansiedade com viagens em aviões, e até aí está tudo normal. O problema é que, em seguida, revelou sua paranoia antivax e disse que teme ser obrigado a se vacinar ao entrar em um país estrangeiro.
“Cada um de nós tem suas dificuldades para entrar em um avião de alguma forma. Então, para mim, essa ansiedade, quando apareceu, foi bem na época em que a pandemia começou e eu já tinha tomado essa decisão. E isso ocorreu porque nós estávamos nos preparando para uma viagem, íamos viajar para um destino distante, e eu pensei: ‘olha, sabe, se eu vou até lá e depois fico preso, eles querem enfiar uma agulha em mim’. Eu pensei: ‘não vou fazer isso de jeito nenhum’. É uma loucura”, afirmou.
Te podría interesar
“A minha razão número um [para desistir dos shows internacionais] é que eu posso literalmente acabar com toda essa ansiedade simplesmente não fazendo isso. A razão número dois é que a última coisa que eu quero é ir para um lugar distante qualquer, e aí eles simplesmente vão entrar em lockdown porque deu vontade, e eu me torno um refugiado em algum lugar e nem consigo voltar para a minha casa”, completou.
Carpenter seguiu falando sobre o assunto e se disse muito grato a Jackman e Lopez, que costumam substituí-lo. Ele lamentou que sua decisão não o permita viver momentos importantes para a banda, como as viagens internacionais, e aponta que sua decisão não é bem recebida pelos fãs.
“Eu penso que minha decisão é simples. Tipo, toda essa ansiedade com a qual lido quando se trata disso, eu pensei, ‘Olha, posso simplesmente acabar com ela não fazendo mais isso’. E eu vou perder. Sabe, é uma chatice. Obviamente quero ir lá, quero fazer esses shows e estar perto de todas as pessoas que nos apoiam e gostam de nós. Mas é uma decisão que tomei por mim mesmo, e há pessoas que entendem e pessoas que não entendem. E para todos aqueles que não entendem, talvez um dia eles entendam, eu não sei. Talvez eles nunca entendam”, completou o músico.
