No dia 5 de junho, a Netflix vai lançar a série documental "Hitler e os Nazistas: O Mal em Julgamento", que explora a ascensão e queda do líder nazista Adolf Hitler, além do julgamento de Nuremberg. Através de seis episódios, a produção analisa como propaganda, censura e antissemitismo impulsionaram o regime nazista e culminaram na Segunda Guerra Mundial.
A série utiliza como base principal a obra-prima do jornalista norte-americano William L. Shirer, "Ascensão e Queda do Terceiro Reich". Publicada em 1960 com mais de 1 mil páginas, a obra oferece um relato detalhado do regime nazista. Shirer, que foi um dos últimos correspondentes ocidentais a deixar a Alemanha nazista em 1940, também cobriu os Julgamentos de Nuremberg em 1945, processo que julgou membros da liderança nazista.
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Shirer morreu em 1993. Para incorporá-lo ao documentário, os diretores fizeram uso da inteligência artificial para reproduzir a voz e a narrativa do jornalista. Ao longo de seis episódios, a produção vai além de apresentar imagens de arquivo já conhecidas. A série traz à tona áudios de testemunhos que nunca antes foram ouvidos pelo público, aliada a recriações cinematográficas, que prometem transportar o espectador para o contexto da época e oferecer uma nova perspectiva.
“Fico chocado com o grau em que as pessoas desconhecem ou esqueceram esta história. Este é o momento certo para recontá-la para uma geração mais jovem como um conto preventivo – e em escala global”, comentou Joe Berlinger, diretor da série, à Netflix.
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Trilha sonora composta por vítimas do Holocausto
Um dos aspectos mais marcantes de "Hitler e os Nazistas: O Mal em Julgamento", é sua trilha sonora composta majoritariamente por obras de músicos judeus que foram vítimas do Holocausto. Segundo Berlinger, "diante da ascensão do regime nazista, a criação musical se tornou uma forma de os judeus europeus expressarem sua humanidade e resistirem à opressão". As letras e composições refletem não apenas o sofrimento e as atrocidades que presenciaram, mas também temas de sobrevivência, fé, liberdade e esperança.
A trilha sonora apresenta composições de autores como Ira Antelis e Serj Tankian, que escreveram músicas antes de serem deportados para campos de concentração. Além deles, a série também inclui obras de músicos anônimos que criaram arte enquanto estavam sob as mãos dos nazistas.